Os rumores tinham sido muitos e a apresentação de ontem acabou por confirmar grande parte das ideias que vinham sendo divulgadas sobre o novo Galaxy. Que afinal passou a plural para “novos Galaxy”.
A Samsung arriscou diferenciar não só o design do seu topo de gama mas também o número de equipamentos lançados em simultâneo, e, em vez de um, lançou dois modelos que partilham muitas das especificações técnicas e se diferenciam sobretudo no design.
O processador está no centro das mudanças, com a utilização, pela primeira vez, do primeiro processador Exynos da Samsung de 14nm, um octacore com plataforma de 64 bits, que garante potência e redução do consumo energético e menor espessura. 3 GB de RAM, um novo sistema de memória LPDDR4 e a memória flash UFS 2.0 juntam-se para tornar os equipamentos mais rápidos, mas as melhorias partilhadas estendem-se também à câmara fotográfica traseira de 16 megapíxeis, com lentes F1.9, e à frontal de 8 MP. E há ainda o novo interface simplificado, com código de cores, que pretende melhorar o nível de acesso às principais funções e aplicações.
A principal distinção reside no design e mede-se em pequenas diferenças no peso e na espessura, mas sobretudo na aparência. Embora os dois modelos partilhem a utilização de materiais que a Samsung ainda não tinha aplicado, nomeadamente a utilização do vidro Gorilla Glass 4 a todo o equipamento.
O Galaxy S6 tem uma apresentação impressionante em termos de design, mas é inevitavelmente o Galaxy S6 edge que capta mais atenção pela extensão do ecrã proporcionada pela curvatura nas extremidades, que eliminam virtualmente a tradicional moldura lateral do equipamento.
A Samsung já tinha lançado no ano passado na IFA o Note 4 edge, que vai chegar ainda este mês a Portugal com um preço a rondar os 900 euros. E o sucesso do conceito a nível de engenharia e de adesão dos utilizadores incentivou a aplicação desta prova de capacidade técnica com o ecrã curvo, que estava a ser preparada há vários anos pela marca.
Basta pegar nos novos Galaxy para sentir a diferença. As primeiras impressões são positivas e os telefones respondem de forma rápida e eficiente a testes (breves) de interface e acesso às principais aplicações, confirmando-se a capacidade de lançamento quase imediato da câmara (em 0,7 segundos garante a Samsung), o que pode ser importante para “apanhar” momentos inesperados.
Menos simpático é o recurso ao sensor fotográfico demasiado saliente para o meu gosto, e que pode até causar alguns problemas se usar o smartphone sem capa. Usos menos cuidadosos podem levar a batidas demasiado fortes quando se pousa o telemóvel, o que a prazo trará inevitavelmente danos na câmara.
Neste testdrive curto, pressionado por muitos curiosos à espera de terem também o seu tempo de antena a usar os smartphones, não é possível por aprova muitas das características que diferenciam os novos Galaxy face à concorrência, nomeadamente a rapidez efetiva do desempenho (impossível de medir de forma empírica) e a duração e velocidade de carregamento da bateria. A Samsung garante que com os novos equipamentos a carga dura um dia de trabalho e que é possível assegurar 4 horas de duração com apenas 10 minutos de carga.
Mesmo assim fica ainda o sabor amargo pela opção de “fechar” o acesso à bateria. Esse era um ponto de honra que a Samsung tinha mantido em modelos anteriores e uma funcionalidade apreciada por muitos utilizadores.
Estes serão certamente tópicos a explorar numa análise mais detalhada dos equipamentos mais próximo da data de chegada a Portugal, que deve acontecer em meados de abril. Com as impressões positivas ou negativas a confirmar-se... ou talvez não.
Veja aqui outras novidades que foram apresentadas no MWC15.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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