Durante o isolamento para combater a pandemia de coronavírus, a Academia de Código está a organizar bootcamps remotos de programação. Os interessados em participar na formação podem aceder ao website oficial e registar-se até ao dia 13 de abril. A organização refere que os bootcamps têm uma duração de 14 semanas.
Os bootcamps vão decorrer de 11 de maio a 14 de agosto e terão a capacidade total para formar 90 Junior Software Developers, em linguagens de Java e JavaScript. As turmas vão iniciar a formação em modo remoto, mas mantém-se o carácter imersivo de regime full-time. Mas assim que for permitido, os alunos voltarão ao formato presencial nas respetivas localizações: Lisboa, Ilha Terceira e Porto.
A Academia de Código afirma que o bootcamp de Aveiro já se encontra esgotado. Segundo explica João Magalhães, CEO da empresa, desde o início da pandemia que estão a decorrer bootcamps, o que permitiu testar o modelo remoto há algum tempo. “Tivemos de fazer uma adaptação em tempo record, essencial para não prejudicar a aprendizagem dos alunos, explorando novas ferramentas de ensino remoto”, refere João Magalhães.
De referir que os candidatos necessitam passar por um processo de seleção, neste contexto igualmente de forma remota. Como requisitos, os candidatos devem ser maiores de idade, ter conhecimento do inglês e total disponibilidade durante as 14 semanas do bootcamp. Depois de preencherem o formulário, os candidatos devem cumprir com sucesso os desafios lançados numa plataforma para o efeito e depois completar um workshop online. Através destas tarefas essenciais, os próprios candidatos ficam a saber se têm o perfil necessário, assim como gosto e resiliência para ingressar no bootcamp de programação.
O custo dos bootcamps varia mediante as localizações. No caso de Lisboa e Porto tem um valor de 7 mil euros e os candidatos podem pedir uma avaliação para pagamentos em mensalidades. Há 40 vagas disponíveis em Lisboa e 25 no Porto.
Mas se residir no arquipélago dos Açores, o bootcamp da Ilha Terceira é totalmente gratuito, numa iniciativa conjunta com o projeto Terceira Tech Island ao abrigo de incentivos do Governo Regional dos Açores para dinamizar a economia local e fixar talento nas ilhas. Em troca, os futuros programadores terão de trabalhar pelo menos 12 meses em empresas sediadas em qualquer uma das nove ilhas do arquipélago. Este bootcamp tem 25 vagas disponíveis.
Fazendo um ponto de situação, a Academia de Código refere que nos últimos cinco anos foram realizados 45 bootcamps, tendo formado 845 programadores, com uma taxa de empregabilidade de 95% em empresas parceiras. O ordenado médio de primeiro trabalho está acima dos 1.100 euros.
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