A Aliança para a Igualdade nas TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) foi formalizada ontem, em Lisboa, numa cerimónia que contou com a participação da ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, reconhecendo que a "transição digital impõe o aumento da participação de raparigas e mulheres na área das TIC".
"A grande vantagem e inovação é que nós temos já 135 entidades parceiras envolvidas, 75 entidades diversas, especialmente empresas do setor tecnológico, e 10 municípios, 45 escolas, básicas e secundárias, e 15 instituições do ensino superior", destacou Rosa Monteiro.
Nas palavras da secretária de Estado, a criação da Aliança é, no fundo, a "materialização e uma formalização de um compromisso" entre todas aquelas entidades, sendo, por isso, "um agregador" deste tema e da necessidade da igualdade de género ser transversal a toda a transição digital.
"A Aliança é a formalização desse compromisso e desta grande rede, absolutamente inédita no nosso país, que trabalha e tem trabalhado estes temas, de como atrair mais raparigas e mais mulheres para a área do digital, para as engenharias, num tempo em que este tema está na ordem do dia a nível europeu, mas também nacional", defendeu Rosa Monteiro.
Com todas as entidades juntas e interligadas "nesta grande rede" será possível potenciar "mais inovação, mais atividades, mais partilha e mais resultados", sublinhou a responsável.
"E isso já se sente porque Portugal subiu três lugares no índice da Women in Digital Scoreboard 2021 [Mulheres no Painel de Avaliação Digital, em tradução livre], com um aumento da taxa de mulheres especialistas em TIC no emprego total", destacou, referindo-se a uma iniciativa da Comissão Europeia que avalia a performance dos estados membros em matérias como uso da internet, ferramentas para navegação na internet ou emprego e que é parte do índice Economia e Sociedades Digitais.
Este Índice revelou que as mulheres portuguesas representam apenas 1,8% do emprego total, contra 6,2% dos homens.
O programa Engenheiras Por Um Dia começou em 2017 e conta já com cinco edições, estando integrado na Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação -- Portugal Mais Igual e no Plano de Ação para a Transição Digital e desde a sua criação já contou com a participação de 10.411 jovens estudantes, em mais de 460 atividades práticas laboratoriais, sessões de mentoria e com modelos de referência.
A Aliança é formalizada entre a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), que irá coordenar, em articulação com a Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão - APPDI e as restantes entidades parceiras, desde empresas, universidades e municípios.
O objetivo continua a ser o de promover a "inclusão digital das mulheres e da respetiva participação nas engenharias e nas tecnologias, consolidando e estruturando formas de cooperação sistemáticas e de divulgação do trabalho realizado pelas entidades parceiras".
"No âmbito da Aliança, as entidades parceiras reforçam ainda o seu compromisso de cooperarem entre si de forma ativa e muito concreta para promover o objetivo mais genérico de combate à segregação sexual nas escolhas educativas e nas profissões, nas suas várias dimensões", lê-se no protocolo que foi assinado ontem.
Acrescenta ainda que a Aliança irá também promover "o desenvolvimento de iniciativas que contribuam para a ação e reflexão sobre os desafios e a potencialidade de áreas tecnológicas emergentes como a inteligência artificial em matéria de igualdade entre mulheres e homens".
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