A campanha rendeu 205.874 dólares e mereceu o contributo de 5.265 apoiantes, entre eles Edward Snowden o ex-analista da agência nacional de segurança dos Estados Unidos que revelou a existência do programa de vigilância Prism. Snowden já tinha revelado que era um utilizador do Tor.
As verbas angariadas vão servir para continuar a trabalhar no software que permite navegar na Internet sem deixar rasto, mas os promotores da campanha assumem que ficaram surpreendidos pela positiva. Quando lançamos esta primeira campanha de crowdfunding não tínhamos a certeza do que poderia acontecer", explica-se numa entrada no blog do projeto, onde se agradece a quem colaborou.
"Sabíamos que queríamos diversificar as nossas fontes de financiamento e o crowdfunding dá-nos a flexibilidade para fazer o que pensamos ser o mais importante", acrescenta-se na mesma nota. "Permite-nos financiar o desenvolvimento de novas poderosas ferramentas de privacidade ou dar robustez às que já temos".
A rede Tor é uma das alternativas disponíveis no mercado para quem procura total anonimato na navegação online. Tem estado por diversas vezes na mira das autoridades que olham para o software como uma ferramenta para dar cobertura a crimes e negócios ilegais na Internet.
Os promotores preferem sublinhar outros atributos dos projetos Tor, que também são usados, por exemplo, para promover a liberdade de quem vive em países onde a utilização da Internet é proibida ou fortemente controlada.
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