Curvos, grandes, funcionais, com resoluções elevadas além do Full HD, até, e, consequentemente, caros. São assim alguns dos mais recentes monitores curvos para trabalhar e aproveitar conteúdos multimédia também em ambientes domésticos, sendo que entre todos eles existe uma característica chave: a envolvência.
Contudo, a envolvência e relativa, e é por isso que muitos utilizadores acabam por não ficar convencidos com as vantagens de um monitor com ecrã curvo, se é que elas existem.
De certa forma, existem, sim. A começar pela facilidade em abordar os ângulos de visão do ecrã na horizontal, que normalmente fica pelos 178 graus. Segundos várias fabricantes, os benefícios são claros: com uma curvatura de 1.800R, por exemplo, e quando comparado com um ecrã plano com a mesma dimensão de diagonal, “o ecrã parece maior e transmite uma sensação de mais imersão e envolvência”.
Mas como podemos tirar partido deste conceito? Pela nossa experiência, em tarefas de trabalho não nos parece existir necessidade expressa de utilizar um ecrã curvo – não traz vantagem ao nível de níveis de concentração, por exemplo, e, como normalmente um monitor é utilizado por uma única pessoa, numa posição central, não notamos benefício assumido.
Contudo, caso o destino de um ecrã curvo seja, acima de tudo, visualizar vídeos do YouTube em Full HD (ou mais!) e quase sempre com companhia ao lado, é normal que a sensação de envolvência cresça ligeiramente e torne a experiência um pouco mais agradável.
Por outro lado, e aqui admitimos um acréscimo de satisfação no uso, a jogar existem momentos em que recorrer a um monitor curvo, principalmente acima das 27 polegadas, acaba por melhorar o modo como “mergulhamos na ação” e conseguimos “assimilar” todos os conteúdos que nos são apresentados no painel LED.
Quer colocar o ecrã na parede?
O curvo não vai servir. Sempre que tentámos instalar o nosso monitor curvo na parede por cima da secretária, arrependemos-mos no momento imediatamente a seguir pelos furos feitos na parede em vão (acabaram por servir para fixar uma prateleira).
Isto porque é normal que estes ecrãs fiquem com as extremidades arrebitadas em relação à parece, por assim dizer, não “aderindo” perfeitamente à superfície em causa. Este é um problema já detetado pela LG no segmento dos televisores, por exemplo, sendo que as gamas atuais da marca nesse campo não incluem ecrãs curvos.
A instalação não é propriamente mais complicada que no caso da montagem de um ecrã plano, mas a questão é essencialmente estática e de decoração, já que quem observa de lado o monitor, quando encostado à parede, repara perfeitamente que a combinação não resulta bem.
Seja como for, e sempre que a ideia seja colocar o monitor curvo sobre a mesa, confessamos que somos fãs desta tipologia de ecrã. Não pelo desempenho, visto que modelos planos equivalentes conseguem sem problemas igualar o que um modelo curvo é capaz de fazer (no mesmo patamar de preço e funcionalidades), mas sim pela envolvência.
Pode tratar-se de uma questão de gosto pessoal, eventualmente, mas o que é certo é que notamos que ecrãs com curvaturas de pelo menos 1.500R conseguem colocar-nos de forma mais eficaz na ação quando a jogar no PC.
E principalmente quando podemos variar na nossa posição face ao ecrã, em momentos de utilização um pouco mais desviados do centro para as laterais, por exemplo.
Experimente antes de comprar
Mas o ideal é experimentar por si próprio. Antes de decidir-se pela compra, peça numa loja da especialidade para simular uma situação de utilização variada, para ver como se sente na interação visual com ecrã com este tipo de características.
Esta é sempre a melhor forma de perceber se o monitor acaba por satisfazer as suas necessidades de lazer e/ou trabalho. Se ficar convencido, pondere uma destas cinco opções na galeria acima, sendo que existem bastantes mais disponíveis no momento.
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