Os serviços de música digital continuam a ganhar adeptos, conquistados aos serviços de partilha de ficheiros ou provenientes de novos grupos de utilizadores que acreditam no modelo "pagar para ouvir".
A Gartner estima que este ano o negócio movimente receitas de 4,5 mil milhões de euros, chegando aos 5,57 mil milhões em 2015, um valor cada vez mais próximo do negócio de venda de CDs e de outros formatos.
É neste cenário cada vez mais concorrencial que a Google acaba de pôr o pé, com o serviço Google Music, para já disponível apenas nos Estados Unidos.
Ainda não há previsão para o alargamento do serviço à Europa - e muito menos a Portugal - mas a iniciativa já gera entusiasmo e as habituais críticas, sobretudo pela comparação com o iTunes e o Amazon MP3.com, que também só está disponível para os Estados Unidos.
O Google Music conta já com a parceria da EMI, Sony Music Entertainment, Universal e 23 outras editoras de música independentes, que no seu conjunto criam um portfólio de 13 milhões de canções.
Todos os dias o serviço oferece um tema gratuito para descarregar, que os utilizadores podem guardar na cloud da Google, juntamente com outras 19.999 músicas a seu gosto. Os preços variam entre 0,60 e 1,29 dólares por faixa, com DRM, e podem ser partilhados entre diferentes dispositivos - desde o computador aos tablets e smartphones com Android ou até iOS, porque o serviço web pode ser acedido através do browser do iPhone ou do iPad.
A integração com o Google+ permite ainda aos utilizadores partilharem as músicas compradas com os seus contactos, que terão direito a ouvir o tema completo, via streaming.
Enquanto não chega a Portugal, os internautas têm à sua disposição várias alternativas em português, de serviços nacionais e de outros que já estabeleceram por terrenos lusos. (Como não queremos dar azos a discussão sobre prioridades e interesses, optámos por apresentar os serviços por ordem alfabética).
O 7Digital é um dos serviços acessíveis em português de Portugal, em formato MP3 e sem DRM, uma característica que o distingue de forma clara de outras lojas de música online.
Entre um catálogo muito internacional pode encontrar também faixas de músicos portugueses e os preços variam entre os 5 e os 8 euros para álbuns completos, mas também pode comprar músicas individuais por preços entre 99 cêntimos e 1,49 euros, consoante a "novidade".
O serviço já está presente em 20 países e colecciona mais de 16 milhões de músicas, que podem ser ouvidas no computador mas também nos telemóveis Android e BlackBerry através da aplicação disponibilizada para estes sistemas operativos.
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O iTunes é reconhecidamente o principal player deste mercado de música digital e já está em Portugal desde 2004, depois de ter iniciado o percurso nos Estados Unidos e num conjunto limitado de países europeus, alargando depois o âmbito e justificando a utilização das músicas compradas nos iPods, a que se juntaram mais tarde os iPhones e iPads.
Desde o início o modelo de comercialização da loja não mudou muito, nem os preços, que se mantêm entre os 99 cêntimos e 1,49 euros, valores comuns à maioria das lojas de música online. Mas o catálogo não tem parado de crescer e abrange também podcasts, audiobooks, vídeos e séries de TV.
O modelo integrado é o principal trunfo da Apple, a que se junta a facilidade de compra e sincronização, embora continuem a existir muitas queixas pelo limite do número de dispositivos onde se podem guardar os ficheiros, limitações do sistema de DRM utilizado pela marca.
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Portuguesissimo, o MyWay é um serviço que não fica a dever nada ao que de melhor se faz a nível internacional. O projeto da empresa Waymedia foi lançado em 2010 e tem vindo a ser alargado a várias plataformas, incluindo a televisão, onde integra o serviço de cabo da Zon.
O site oferece um serviço Free onde os utilizadores têm acesso a música em modo streaming, podendo construir uma playlist com um mínimo de 25 músicas de 10 artistas diferentes, acessível gratuitamente e sem instalação de qualquer software.
Mas também há modelos pagos, como o Light, onde se paga 2,99 euros por mês e se está livre de publicidade, e o Premium, onde o preço sobe para 9,99 euros por mês mas garante acesso ilimitado em streaming e o download de 2.000 músicas por mês.
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No grupo PT as experiências de música online já remontam também a 2004, quando foi lançado o SAPO Música em parceria com a OD2, uma loja que foi substituída em 2007 pelo Música Online, que acabou por ser "concentrado" no Musicbox, que integra a experiência móvel da TMN com o computador e a televisão do Meo.
Para já o serviço é limitado a clientes da TMN, do serviço de televisão e Internet fica MEO e SAPO. Em streaming os clientes podem ter acesso a milhões de músicas, sendo ainda possível descarregar 10 músicas em formato mp3 por mês e transferi-las para um CD, leitor mp3 ou smartphone compatível.
Todos os clientes têm direito a 3 meses grátis e depois desse período passam a pagar 3,99 ou 4,99 euros por mês, dependendo do produto PT subscrito.
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De importação "direta" da Finlândia, a Nokia Music não deixa por isso de ter uma atenção especial ao portfólio português e primou até pelo apoio à produção nacional.
A loja funciona via browser e nos telemóveis Nokia, mas os ficheiros descarregados podem ser partilhados com outros dispositivos de leitura de música.
Os preços variam entre os 99 cêntimos e 1,29 euros para as faixas de música e os 5,99, 12,99 euros para os álbuns. Se comprou recentemente um telefone da marca procure dentro do pacote e poderá descobrir um voucher para descarregar algumas músicas gratuitamente.
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Por fim fica a referência ao Vodafone Music, o serviço da operadora móvel que não se limita ao telemóvel. Online pode encontrar mais de 6 milhões de temas, com preços a partir de 49 cêntimos, algumas das quais sem DRM, o que permite copiar e gravar os ficheiros sem limite de número de dispositivos.
Para quem quer economizar há ainda a possibilidade de comprar "pacotes" de músicas a partir de 1,99 euros, que dão acesso a 4 ficheiros MP3.
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Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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