E que tal demorar pouco mais de um minuto a transferir os 25 GBytes de um disco Blu-ray para o seu computador, em vez de 15 minutos? Com a nova geração de ligações USB 3.0, ou SuperSpeed USB, este cenário é cada vez mais real, sobretudo porque o número de equipamentos que suportam esta nova norma está a crescer.

A CES foi palco para a apresentação de uma série de dispositivos que já suportam o SuperSpeed USB e, apesar da Intel já ter confirmado que os seus chipsets só vão integrar o novo USB em 2012, os integradores asiáticos parecem estar a "despertar" para a importância da nova norma e a apetência dos utilizadores por sistemas que poupem preciosos minutos na transferência de dados.

Revelada em 2008, a norma USB 3.0 viu a concretização prática no ano passado, mas actualmente o USB Implementers Forum (USB-IF) contabiliza em mais de 165 o número de equipamentos que a suportam. Está prometida a introdução de um logo de certificação para USB 3.0, que poderá trazer também mais visibilidade à tecnologia.

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Controladores, adaptadores, motherboards, pen drives e discos rígidos estão entre os dispositivos com suporte ao USB 3.0, que também já fazem parte da oferta alguns computadores portáteis, de marcas como a HP, a Asus e a Toshiba, por exemplo.

A multiplicação da dispositivos fez baixar os preços, o que é mais um argumento para a massificação das novas ligações USB, que têm ainda a vantagem de serem retro compatíveis com a geração USB 2.0. Mesmo assim, há ainda uma diferença a considerar, que pode chegar aos 15 euros, como acontece no novo disco de 3 Teras que a Memup acaba de anunciar, onde a versão 2.0 custa 284 euros e a 3.0 passa para os 299 euros.

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Desde que foram apresentadas em 1995, as ligações USB já registaram uma enorme evolução, acompanhando um mercado cada vez mais dinâmico e ansioso pela aceleração da transmissão de dados.

O USB 3.0 multiplica por 10 a velocidade de transmissão de dados do USB 2.0, alcançando os 5 Gbps. Daí as contas de que transferir 25 GBytes demora cerca de 1 minuto com o USB 3.0, face aos 15 minutos que seriam necessários com o USB 2.0 e as mais de 9 horas obrigatórias com portas USB 1.0.

Claro que não é só a velocidade da transmissão de dados que conta. A rapidez do disco onde os dados estão a ser escritos é essencial e um disco RAID ou uma drive SSD são aconselháveis para fazer par com estas ligações.

Entre as aplicações mais interessantes para estes dispositivos estarão a salvaguarda de dados de utilizadores individuais e até de pequenas e médias empresas.

O novo disco da Packard Bell, o PB Go, já dispõe de um conjunto de programas de software que permitem a criação de cópias de segurança automáticas e programadas, sincronização de dados e arquivo do sistema. O disco está disponível com capacidades de 320GB, 500GB e 750GB, por preços a partir de 59, 79 e 99 euros, respectivamente.

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As vantagens do novo USB 3.0 estendem-se também ao reduzido consumo de energia, cerca de um terço de uma ligação USB 2.0.

Mais importante para o consumidor final será a garantia que nenhum dispositivo com a norma anterior ficará arrumado na gaveta por falta de compatibilidade. Como já tínhamos referido o sistema é retro compatível, embora reduza a velocidade de transmissão para a suportada em USB 2.0 (480 Mbps).

Numa altura em que o vídeo e a imagem ganham cada vez mais importância, espera-se pela introdução do suporte em chipsets da Intel e da AMD, que irão ajudar a aumentar a utilização da nova norma, sem obrigar a uma ExpressCard.

O círculo virtuoso de utilização ficará completo quando a gama de equipamentos com USB 3.0 integrar máquinas fotográficas digitais e de vídeo, tablets e outros dispositivos como MP3.

Nota da Redacção: Foi corrigida uma gralha na referência à velocidade do USB 2.0.