Goste-se ou não, é preciso ser teimoso para não assumir que o lançamento do iPad ditou uma transformação no mercado de eletrónica de consumo, com um impacto fortíssimo no mundo dos computadores pessoais, e mesmo dos smartphones.
As promessas de mobilidade, a facilidade de utilização e o ecossistema aliado ao iOS permitiu à Apple repetir uma receita de sucesso que já tinha sido bem sucedida com o iPhone.
Desde o seu lançamento o iPad ditou tendências num mercado que era praticamente inexistente até à chegada do novo tablet e que hoje é seguido por múltiplas marcas, associadas ao sistema Android ou Windows, ajudando a dar forma a um leque de novos serviços e aplicação, que passaram a fazer sentido num equipamento centrado na ligação à Internet e na maior capacidade para tirar partido de conteúdos multimédia.
Apresentado por Steve Jobs em janeiro de 2010, o primeiro tablet da Apple chegaria às lojas três meses mais tarde, em abril, e a Portugal apenas em novembro, com preços entre os 599 e os 799 euros.
Nesta versão de estreia o iPad tinha um ecrã de 9,7 polegadas, multitoque, com retroiluminação LED e um processador A4 a 1GHz.
Desde a primeira versão estiveram à disposição dos clientes três opções (agora há mais uma) 16, 32 ou 64 GB. Com apenas 0,5 polegadas (1,27 cm) e um peso de 1,5 onças (cerca de 680 gramas), o tablet também já assegurava uma autonomia de bateria de 10 horas.
A loja de aplicações é outra das mais-valia associadas ao equipamento, que também estreou uma aplicação para leitura de livros naquele formato de ecrã, piscando o olho a um mercado de livros digitais que já começava a florescer.
"O iPad é a nossa tecnologia mais avançada num equipamento mágico e revolucionário, a um preço incrível", afirmava o CEO da Apple na abertura da conferência.
Os meses seguintes vieram confirmar que a inovação da Apple marcou os consumidores e dezenas de produtos para o mesmo segmento foram apresentados ou anunciados. E a Apple manteve a aposta nos tablets.
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A segunda geração do iPad foi apresentada pela Apple a 2 de março de 2011 e teve lançamento mundial dias depois, a 11 de março. Integrava um processador dual core A5 e permitia um desempenho até duas vezes mais rápido ao nível do CPU e até nove vezes mais célere no processamento gráfico, face à versão original.
A versão marca a chegada de duas câmaras e da videochamada com FaceTime ao tablet que, como explicava Steve Jobs na altura, era "dramaticamente mais fino" que a versão anterior. O modelo era 33% mais estreito que o antecessor, passando de 13,4 mm para 8,8 mm. Foi também nesta geração do tablet que a Apple introduziu duas opções de cor: branco e preto.
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O iPad 2 começou a ser vendido em Portugal no dia 25 de março, com preços entre os 479 euros (para a versão Wi-Fi de 16GB) e os 799 euros para a versão Wi-Fi e 3G de 64GB, um preço próximo daquele que tem hoje o modelo mais recente do tablet, já com um espaço para armazenamento de 128 GB.
O reduzido número de unidades disponibilizadas para o mercado português fez com o dispositivo esgotasse rapidamente nos vários retalhistas. Tinha acontecido o mesmo na primeira ronda de comercialização do tablet, em apenas dois dias de vendas.
Só meses após a estreia em Portugal o iPad 2 começou a ser vendido pelos operadores, a 30 de setembro.
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O iPad 3 - identificado pela Apple como o "novo iPad" - foi apresentado pela Apple a 7 de março de 2012.
O modelo trouxe melhorias ao nível da capacidade de processamento, graças ao dual core A5x, e maior resolução de ecrã, graças ao ecrã Retina. A resolução do modelo é de 2048 x 1536, ou 3,1 milhões de pixeis, num ecrã de 9,7 polegadas, mantendo a aposta no tamanho original do ecrã. A câmara é de 5 megapixéis e o vídeo de alta resolução.
A terceira geração do iPad ficou ainda marcada pelo esforço da Apple para chegar mais rapidamente a um número maior de mercados.
Portugal integrou o segundo grupo de países a receber o modelo que menos tempo de "vida útil" teve na história dos tablets da Apple. As vendas locais iniciaram-se logo a 23 de março. Foi também a primeira incursão (polémica) dos tablets da Apple no 4G, mas só para os Estados Unidos e Canadá.
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A apresentação seguinte confirmou a tendência para tablets de menos dimensão. O iPad Mini foi revelado a 23 de outubro de 2012, no mesmo dia em que a Apple apresentou o iPad de quarta geração.
O dispositivo fazia parte da lista de rumores de possíveis produtos a lançar pela companhia e acabou mesmo por concretizar-se. Esta versão condensada é 23% mais fina que o iPad 2 e 53% mais leve. Conta com 7,9 polegadas de ecrã e uma câmara de 5 megapixéis. A qualidade de imagem nesta versão mini manteve-se, como a Apple fez questão de explicar na altura.
O iPad Mini começou a ser vendido em Portugal a 3 de dezembro pela Vodafone, que ultrapassou a concorrência e garantiu a estreia, depois da Optimus se ter antecipado no anúncio do arranque das vendas para 5 de dezembro.
Dias antes, em novembro, a Vodafone tinha também sido a primeira das três operadoras a disponibilizar o iPad de quarta geração com suporte para a rede móvel. A versão Wi-Fi chegou algumas semanas antes, a 2 de novembro.
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Esta quarta geração do tablet da Apple ganhou um novo processador, o A6x, que garante duas vezes mais performance e duas vezes melhor desempenho ao nível das tarefas do CPU. Também trouxe melhorias ao nível da autonomia, que voltou a ser de 10 horas na modalidade de consumo mais exigente.
Dos dois modelos (iPad 4 e iPad Mini) a Apple vendeu três milhões de unidades em apenas três dias, batendo mais um recorde de vendas.
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A notícia mais recente no mundo iPad foi o lançamento de uma versão do dispositivo com capacidade de armazenamento reformulada: 128 GB. O modelo ficou disponível em Portugal a partir de 5 de fevereiro.
Custa 809 euros na versão Wi-Fi ou 939 euros na versão também com cobertura de rede móvel.
O bouquet de equipamentos disponíveis neste momento varia assim entre três opções, que se diferenciam pelo tamanho, capacidade de armazenamento e qualidade de ecrã e imagem, essencialmente. No seu site a Apple resume assim as diferenças.
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O dia 22 de outubro parece ser a próxima data relevante para quem segue as novidades no mundo iPad. Tudo indica que a Apple irá apresentar um novo modelo, curiosamente no mesmo dia em que a Microsoft coloca nas lojas a segunda geração do seu tablet Surface. Até lá é ir acompanhando os muitos rumores que vão surgindo...
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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