Já parou para pensar como vão ser as roupas do futuro? Quem já o fez deve ter chegado a duas hipóteses: ou não vão sofrer qualquer diferença ou vão ser tão tecnológicos como imaginados em alguns filmes.
Cada vez mais caminhamos para um mundo cada vez mais tecnológico e as roupas também têm estado a acompanhar essa evolução. Veja-se o exemplo das t-shirts impressas a três dimensões ou as peças de roupa que acumulam energia solar que é depois usada para carregar smartphones e outros dispositivos.
Se procura por pistas de como poderão ser as roupas do futuro, ficam aqui algumas sugestões:
Camisolas sem manchas
Uma outra invenção tecnológica aplicada ao campo da moda foi conseguida pela Elizabeth & Clarke. A marca desenvolveu uma linha de roupa à prova de água e de manchas dos mais variados tipos.
De acordo com Melanie Moore, a cofundadora da marca, a inovação da camisa reside na capacidade da imunidade à água ser utilizada em tecidos delicados, como a seda e o algodão, mantendo um grau de suavidade ao material.
Foram necessários seis meses de testes para que a melhor combinação de tecido, toque e repelência fossem encontradas. O material hidrofóbico utilizado é cerca de cem vezes mais pequeno do que grãos de areia.
Os líquidos podem ser repelidos por anos, apesar de o tempo de duração da peça variar do uso que cada pessoa lhe der. Por isso, não há como estabelecer um prazo real para quanto tempo o material será capaz de "rejeitar" as gotas de água, podendo variar entre dois a dez anos.
As camisolas da Elizabeth & Clarke terão um preço de 25 dólares, cerca de 22 euros, a ascender aos 50 dólares, cerca de 45 euros, com lançamento previsto para setembro.
O cachecol “camaleão”
Os camaleões conseguem mudar as suas próprias cores para se protegerem de ameaças, interagir com outros membros da espécie e regular a temperatura de seus corpos.
Com isso em mente, a companhia de têxtil Neffa desenvolveu um cachecol que troca de cor adaptando-se a vários contextos - o Chameleon. O tecido é composto por camadas distintas, cada uma com sua própria tonalidade e padrão, capazes de responder a estímulos como luminosidade e temperatura.
As partes pretas são constituídas por uma tinta termocrómica que responde à temperatura corporal do utilizador, enquanto as partes verde-claras usam um material fotoluminescente e emitem um brilho azul-esverdeado no escuro. Já as áreas brancas do cachecol contam com uma cor fotocrómica que reage à luz ultravioleta e que fica laranja quando iluminada pelo Sol.
Os polos e os ténis futurísticos da Lacoste
Os designers da Lacoste, por outro lado, pensaram numa outra possibilidade para as roupas do futuro: polos interativos.
Parte do conceito por trás do polo baseia-se em considerá-lo como se de uma “tela em branco” se tratasse. Como? Recorrendo a um tecido inteligente OLED com nano-circuitos eletrónicos integrados nas suas fibras, tornando-se toda a superfície do polo interativa. Assim, basta um toque para que, por exemplo, se altere o tamanho da logótipo da Lacoste ou mesmo para trocar a cor do polo.
A Lacoste pretende encontrar um tecido completamente maleável e adaptável que permita ao consumidor transformar o polo de manga-curta num de manga-comprida e até fazê-lo ficar mais justo ou largo, apenas puxando o tecido.
O vídeo foi lançado pela Lacoste em comemoração dos 80 anos do polo L.12.12 – o modelo mais conhecido e comercializado de toda a marca. Um outro vídeo divulgado em comemoração dos 75 anos da marca mostra uma ideia da Lacoste de como seriam os ténis em 2083.
A Levi’s juntou-se à Google
E se nunca tivesse que tirar o seu smartphone do bolso para atender uma chamada? Esse é o projeto futurista que a tecnológica e a marca de roupa estão a desenvolver.
Revelada durante a conferência anual de programadores da Google, a colaboração entre as duas empresas tem como objetivo criar um par de calças de ganga inteligentes com as quais o utilizador pode realizar certas ações, como telefonar a alguém ou controlar o volume da música.
Não há ainda informação de quando será possível adquirir um par de calças da Levi's resultante da colaboração. Segundo a Google, o que se viu na conferência foi apenas a ponta do iceberg. Programadores e designers estão a criar aplicações que se adaptem às roupas inteligentes.
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