A forma como as cidades transformam o investimento realizado em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) em benefícios sociais, económicos e ambientais para os seus cidadãos é o mote para o City Index Report, um estudo realizado pela Ericsson, com a Arthur D. Little.
Já na segunda edição, o estudo baseia a análise em 26 indicadores que definem a classificação das 25 cidades avaliadas. Mas o objetivo principal é mais vasto e passa por lançar o debate sobre os benefícios do uso das TIC ao serviço do desenvolvimento das regiões, em países desenvolvidos, mas também nos chamados BRICS, onde se incluem o Brasil, a Rússia, Índia e China.
Centrando-se sobre cidades e não países, o estudo reconhece a importância crescente que os agregados populacionais assumem no desenvolvimento e na movimentação das pessoas, já que se estima que em 2030 mais de 60% da população se vai concentrar em centros urbanos.
Embora avaliando a aplicação das TIC, o index cobre duas dimensões. Uma tem a ver com a maturidade no uso de ferramentas TIC, como a disponibilidade das infraestruturas, performance e níveis de utilização, que são dinamizados pelo investimento realizado, enquanto uma segunda dimensão passa pela avaliação dos benefícios, em termos de atratividade da cidade em áreas como a educação, cuidados de saúde, performance económica e eficiência.
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No topo da lista apresentada não há muitas mudanças face à primeira edição do estudo. Singapura, Estocolmo (Suécia) e Seul (Coreia do Sul) continuam nos três primeiros lugares, seguindo-se Londres, Nova Iorque, Paris, Los Angeles, Tóquio, Xangai e Pequim, que completam o Top 10.
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A organização do espaço das cidades, os serviços prestados pelos municípios aos cidadãos, o acompanhamento de temas relacionados com a Saúde e a inclusão digital estão entre áreas destacadas pelas boas práticas nas cidades mais bem classificadas.
Em Singapura a Ericsson aponta a inovação nos sistemas eletrónicos de saúde e na gestão do congestionamento de tráfego, mas em Seul são destacadas os benefícios ambientais conseguidos a partir de iniciativas high tech.
Mas também não falta bons exemplos fora do Top 10, como a cidade de São Paulo, referenciada pelas iniciativas de inclusão digital e melhoria da literacia no uso das tecnologias, ou Nova Deli, onde um projeto promove transações de baixo valor que permitem a mais de 1,3 milhões de clientes fazerem micro depósitos, pagamentos e remessas de dinheiro a partir de telemóveis ou de pontos de venda.
A ligação da maturidade de aplicação das TIC ao crescimento económico é clara, mas não a única feita no estudo. "É fundamental analisar a perspetiva individual de cada cidadão" refere Patrik Regårdh, do Networked Society Lab da Ericsson. "Cidades bem-sucedidas sobressaem ao atrair as melhores ideias, capital e pessoas qualificadas. Esta atração positiva requer um progresso constante em termos económicos, bem como no contexto social e ambiental."
No site é possível ter uma visão mais global dos desenvolvimentos nas 25 cidades retratadas no estudo e fazer uma comparação entre elas de forma interativa, clicando e arrastando os dados através de um mapa.
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O relatório completo da segunda edição do estudo pode ser consultado aqui (em formato PDF), dando uma perspetiva mais completa sobre as opções do estudo e os seus objetivos.
Vale ainda a pena ver um documentário em vídeo, com a duração de 20 minutos, que junta vários especialistas na área da sociedade em rede para abordar as várias oportunidades emergentes a partir das tecnologias da informação, os conceitos e modelos de negócio.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico Ortográfico
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