Todos os anos a MarketWare, empresa que monitoriza o desempenho de 30 sites nacionais de referência, apura os mais rápidos e os mais disponíveis do ano. Aqueles a que é possível aceder de forma mais rápida em todos os elementos que compõem a homepage e aqueles que mais vezes no ano estão completamente acessíveis, respectivamente.

Os dados compilados relativamente a 2008 mostram que o site do Continente foi entre os considerados na análise o mais rápido, levando em média - nas várias medições levadas a cabo ao longo do ano - menos de um segundo a abrir. O site da Staples foi o mais lento levando em média mais de 10 segundos a abrir e a carregar todos os elementos da homepage.

A presença mais constante nos primeiros dez lugares desta tabela de desempenho, apurada com base em medições horárias realizadas de segunda a sexta-feira entre as 8 da manhã e as 8 horas da noite, cabe à ONI, que ocupa o segundo lugar do ranking.

[caption]Indice Desempenho MarketWare[/caption]

A página de Internet do banco Millennium BCP também merece destaque porque assume a terceira posição em termos de desempenho, quando no ano passado era apenas o décimo dos 30 sites analisados. Com muitas variações ao longo do ano, o site do Millennium oscilou entre tempos de resposta na ordem dos 2,5 segundos e de menos de um segundo, acabando o ano em valores perto do segundo.

As Páginas Amarelas perderam a liderança da tabela, conseguida em 2006 e 2007, passando a ocupar a sétima posição no ranking. Mas a perda de qualidade mais significativa cabe a outro endereço, o da RFM, que desceu 14 posições face ao ano anterior, quase duplicando os tempos registados naquela altura.

Entre os sites mais lentos da tabela está também A Bola. É um dos endereços analisados onde as variações de tempo para carregar a homepage se revelam mais expressivas, sempre ligadas à ocorrência de eventos desportivos que aumentem o número de acessos à plataforma. Dias ou períodos de importantes eventos desportivos marcam o resultado final apurado neste índice de desempenho, onde o site chega a demorar 14 segundos para abrir.

[caption]Nome da imagem[/caption]

Os sectores mais rápidos …

Por sectores, o índice da MarketWare mostra que foram os sites na área do e-government aqueles que obtiveram melhores resultados. Por oposição, a área do e-commerce engloba os sites com pior qualidade de serviço, mesmo integrando o endereço que melhores resultados conseguiu no índice.

[caption]Desempenho por sectores[/caption]

Um dos aspectos mais relevantes para a posição de destaque assumida pelos sites de governo electrónico terá sido a melhoria realizada no site das finanças (ainda em www-e-financas.gov.pt), que o tornou mais rápido.

[caption]Desempenho Finanças[/caption]
Embora não ocupem nenhum dos extremos da tabela importa sublinhar que as páginas analisadas para o sector de media e notícias estão todas fora das 10 primeiras posições. Por oposição, têm maior índice de presenças nestas posições cimeiras sites financeiros e da área da tecnologia, com três presenças cada um.

Em termos médios as mais de um milhão de medições realizadas a todos os sites permitiram apurar indicadores que culminaram num tempo médio de resposta na ordem dos 3.087 segundos.

Os mais disponíveis …

As páginas que constam do índice de desempenho são também analisadas ao nível da disponibilidade. Um site é considerado indisponível sempre que não é possível abri-lo ou carregar um dos elementos da página.

[caption]Indice disponibilidade[/caption]

A nota mais positiva da análise de disponibilidade vai para o site da Microsoft, que registou a disponibilidade mais elevada do ano com apenas 5 falhas em 15.628 medições. Os sites da segurança social e da ONI ocupam a segunda e terceira posição.

Os piores resultados vão para os endereços Web da TVI e do Finibanco cujos problemas de indisponibilidade nem sequer permitiram apurar resultados para nenhum dos dois sites. Nem ao nível do desempenho, nem da disponibilidade, explica a MarketWare que monitoriza o índice dos 30 sites considerados mais representativos de seis sectores de actividade.


Cristina A. Ferreira