A terceira geração do Magalhães chega às lojas amanhã, com mais ergonomia e robustez mas também com algumas inovações. Hoje damos-lhe a conhecer as características dos novos modelos de portáteis educativos, mas antes fazemos uma antologia da evolução deste computador de design português.
Quem tem boa memória recordará que a primeira geração do Magalhães foi anunciada em Julho de 2008, associada ao lançamento da iniciativa governamental e-escolinha, que pretendia alargar aos alunos do primeiro ciclo a distribuição de computadores portáteis - já iniciada para outros ciclos do ensino básico e secundário com o programa e-escola.
Baseado no design do Classmate, da Intel, o projecto liga desde o início a Intel à J.P. Sá Couto e à Prológica, parceiras no fabrico e na distribuição dos portáteis desenhados para as necessidades das crianças entre os 6 e 10 anos.
Ao longo do tempo o projecto estendeu-se além-fronteiras, tornando-se uma das bandeiras do projecto educativo português e sendo exportado para vários países da América Latina, África e Médio Oriente. Ainda recentemente um responsável da J.P. Sá Couto disse ao TeK que as diligências para levar o Magalhães a novos mercados já garantiram a criação de uma rede de parcerias em cerca de 20 países.
Muitas peripécias políticas e económicas se enredam à volta da "história" do Magalhães, assim como dúvidas dos encarregados de educação sobre o acesso aos programas e utilização dos equipamentos. Questões a que o TeK tentou responder.
Mas, contas feitas, com todos os defeitos e virtudes, há actualmente em Portugal cerca de 500 mil Magalhães nas mãos das crianças e professores, pertencendo a larga maioria (cerca de 400 mil) à primeira geração do portátil com a marca portuguesa.
A experiência e maturidade do projecto foram ditando evoluções, e depois do primeiro modelo a capacidade de processamento, memória e mesmo o design foram sendo apurados, incorporando mais desenvolvimento nacional e a experiência da empresa, que contou com a parceria da CEIA.
A primeira versão do Magalhães contava com um Processador Intel (a partir de 900Mhz), monitor LCD de 8,9 polegadas(1024x600), 30 GB de disco, 1 GB de RAM, Webcam, ligação a redes Wi-Fi e Ethernet. A bateria era de 4 células e os computadores distribuídos nas escolas tinham dual boot, com o sistema operativo Windows XP a conviver com o Linux da Caixa Mágica.
A resistência ao choque e o teclado à prova de derrame de líquidos já faziam parte das características deste primeiro modelo, que começou a chegar aos primeiros alunos em Setembro de 2008.
Uma versão semelhante foi também vendida nas lojas, mas só com sistema operativo Windows. O preço variava entre os 285 e os 295 euros.
Magalhães em versão 2
A segunda geração do portátil foi apresentada ainda em conceito em Janeiro de 2009, em Abril a J.P. Sá Couto abriu a caixinha das novidades e mostrou o novo modelo, com novidades a nível do tamanho do ecrã e da conectividade.
Na altura o TeK fez um vídeo onde mostrava as diferenças em relação à primeira versão.
O MG2 tinha um ecrã de 10,1 polegadas e mais capacidade de disco, entre 160 e 250 GBytes. Dispunha também de uma saída VGA para ligar o portátil a um monitor de TV ou ecrã externo, assim como de software de leitura para facilitar a utilização em diferentes ambientes de luz. A ligação nativa a redes 3G e WiMax era outra das características a realçar.
O novo modelo foi lançado com a estreia do Windows 7 e custava nas lojas 329 ou 399 euros.
Na altura não havia certezas quanto à continuidade deste modelo no programa e-escolinha, até porque o Governo acabou por optar por abrir um concurso público internacional para seleccionar os 250 mil equipamentos a entregar nas escolas, que acabou por ser ganho novamente pela J.P. Sá Couto e a Prológica.
Nesta segunda vaga do e-escolinha já foram entregues mais de 94 mil Magalhães, mas os objectivos do Governo são de chegar a 250 mil alunos e professores.
MG3 - a nova geração de Magalhães
A nova versão do Magalhães chega amanhã às lojas e está a ser apresentada até Domingo às crianças, com direito a festa, música, palhaços, insufláveis e muita brincadeira.
O TeK foi hoje conhecer as novidades do MG3, que desta vez conta com duas versões diferentes, uma "normal" e uma XL.
A J.P. Sá Couto pretende desta forma alargar o público-alvo às crianças dos 11 aos 15 anos, mas também às famílias, que podem contar com um equipamento mais robusto e resistente para aceder à principais aplicações e navegar na Internet, com mais garantias de segurança e controle parental facilitado.
O MG3 está disponível em duas cores: um branco com asa e capa e um preto por fora e branco por dentro, mas o design marca a única diferença, já que as características técnicas são partilhadas.
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O ecrã é de 10,1 polegadas mas a qualidade do LCD é superior à das versões 1 e 2 do Magalhães, permitindo melhor visibilidade em situações de luz intensa, como o uso exterior. O processador é um Intel Atom N455, de geração mais recente, e a memória incluída é de 1 GB DDR3, sendo o disco de 250 GBytes.
Em termos de ligações mantém-se a conectividade Wi-Fi e de rede Ethernet, estando incluídas três portas USB que foram reforçadas em termos de robustez e um leitor de cartões 4 em 1.
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Luis Almeida, director de marketing da J.P. Sá Couto, explicou ao TeK que o MG3 é mais robusto, tendo sido reforçadas as portas USB mas também a resistência de todo o equipamento, especialmente perante as situações de derrame de líquidos. Por isso o interior é "blindado" e conta com pormenores de escape de líquidos na base.
O mesmo cuidado foi colocado na concepção do MG3 XL, que se diferencia pelo ecrã de maior dimensão - 11,6 polegadas com tecnologia LCD TFT WXGA. O processador e a memória são os mesmos do MG3, assim como o disco, mas a bateria oferece maior duração e está também incluída a conectividade Bluetooth.
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Na versão XL está também contemplada uma alça, ou uma pega mais curta, que facilitam o transporte do portátil.
Mas uma das principais inovações só se percebe depois de ligar o portátil. Por cima do Windows Starter 7, a J.P. Sá Couto desenvolveu uma barra de aplicações que facilita o acesso às ferramentas. A MG3 APP agrega em 7 folders as principais ferramentas, sugerindo aos utilizadores as áreas Aprende, Colabora, Comunica, Cria, Explora, Protege e Ambiente & Saúde.
Desta forma não é preciso abrir o menu de aplicações do Windows para encontrar o Office, o programa de Antivirus ou a configuração do controle parental.
Os preços de venda nas lojas são de 295 euros para a versão MG3 e de 335 euros para o MG3 XL, o que compara de forma muito positiva com os valores a que as duas primeiras gerações do Magalhães foram colocadas à venda e também com outros netbooks que estão nas prateleiras das lojas de informática e electrónica.
Certamente esta não será a última versão do Magalhães a ser desenhada pela J.P. Sá Couto e os seus parceiros, até porque para além do mercado nacional as rotas internacionais deste portátil parecem continuar a alargar-se. E por isso é preciso continuar a reinventar o produto para garantir o interesse dos potenciais compradores, ligados ou não à educação.
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