Estreia amanhã a nível mundial uma nova versão do pacote de produtividade da Microsoft, o Office. Na versão 2010 a plataforma ganha um aspecto mais apurado e uniformizado - mesmo no que toca às aplicações Web - onde as preocupações de usabilidade são centrais. Simplicidade de movimentos para o utilizador e boa integração entre as diversas funcionalidades são aspectos centrais, bem como a colaboração, que o software explora com novos atributos, sobretudo na versão empresarial.



Ao nível da colaboração, destaque para a possibilidade de vária pessoas contribuírem em simultâneo para a produção de um mesmo documento, adicionando notas e interagindo sempre que necessário para trocar impressões. A novidade, que assume revelo nas versões empresariais, anima os documentos com etiquetas que mostram o estado de todos os colaboradores no projecto a cada momento. Quando estão ligados, os interlocutores podem desencadear uma conversa com qualquer participante, via chat, carregando com o rato na etiqueta colocada pelo colega.



Outro exemplo claro, e importante para quem é utilizador, da maior aposta na conectividade é o Power Point que ganha uma nova dimensão neste Office 2010. As apresentações já não saem do PC apenas numa pen ou num ficheiro, podem ser "transmitidas" online e ao vivo. Tudo responsabilidade do PowerPoint Broadcast que funciona com os três principais browsers do mercado: Internet Explorer, Safari e Firefox.

[caption]PowerPoint vídeo[/caption]

O software de apresentações do Office também ganha novas funcionalidades para integração de vídeos nas apresentações. A gestão de vídeos e imagens foi aliás melhorada em toda a linha e também é visível no Word, ou no próprio Outlook. O SmartArt Graphics é uma das ferramentas responsáveis pela mudança, garantindo novos efeitos e novas formas de brincar com as imagens.

[caption]SmartArt Graphics[/caption]

Power Point, Word, Excel e OneNote integram mais uma nova possibilidade, interessante para quem tirar partido da conectividade e precisa de trabalhar no PC, com frequência, a partir de outras localizações. Os quatro programas estão disponíveis como Web Office Apps, que assegura uma extensão para a Web dos programas referidos. A grande vantagem é que o utilizador - do Office 2010 - passa a poder trabalhar em documentos criados em qualquer um dos programas onde houver uma ligação à Internet. O acesso aos dados fica mais fácil e a já referida colaboração assegurada.

[caption]web apps[/caption]

No Outlook, que não integra todas as versões do produto, também há novidades que deixam claros os esforços de melhor integração entre aplicações e funcionalidades. Os clientes passam a poder organizar as mensagens por "conversação". Ou seja, todas as mensagens relacionadas com um mesmo tópico podem (é opcional) ser vistas de forma agrupada, um pouco na lógica do que faz o Gmail.

[caption]Outlook[/caption]

O Office, cuja versão em português ainda não tem data de lançamento oficial anunciado, estará à venda nas versões Home & Student (sem Outlook), Home & Business e Professional (com tudo o que os restantes mais Access e Publisher). Quem comprar um novo PC com Windows provavelmente terá acesso a uma versão reduzida do pacote de produtividade que pode ser actualizado para a versão completa, adquirindo online uma chave que dá acesso a uma licença.



Se quiser entrar na geração 2010 do Office e puder fazê-lo por via de actualização do Office Starter (que apenas será disponibilizado com PCs novos e não será directamente vendido pela Microsoft ou outro parceiro), opte por isso, pois a licença terá um preço expressivamente menos reduzido que a caixa tradicional de software e permitirá a versão base para qualquer um dos pacotes completos.



O Office Starter dispõe apenas de versões básicas do World e Excel e é acompanhado de publicidade, que desaparece quando o software é actualizado para uma versão completa, qualquer que ela seja.



A data mundial para o lançamento do Office é como já dissemos amanhã, embora em Portugal o lançamento oficial do produto esteja marcada apenas para 26 de Maio e direccionado às empresas.

Cristina A. Ferreira