O cenário mais simples de todos é aquele que já conhecemos: os técnicos do serviço de internet que contratou chegam, procedem à instalação da ligação e dos equipamentos e colocam a sua rede doméstica sem fios a funcionar, com base no router fornecido por defeito.
Até aí tudo bem, até porque ficou a funcionar tudo em condições e os equipamentos que mais utiliza estão ligados à rede com sucesso, desde o portátil ao smartphone, passando pela nova Smart TV que comprou recentemente.
Os problemas surgem mais tarde e em situações específicas: quando muda a configuração da casa e percebe que há muitos pontos da mesma em que o sinal wireless é fraco ou inexistente; quando tem um novo equipamento de rede e não o consegue ligar à internet e à estrutura que tem instalada; quando quer jogar online com velocidade máxima e percebe que há outros processos/equipamentos que estão a alocar todo o “fluxo” da rede…
Nesses e noutros casos, chega a hora de evoluir a sua rede doméstica em traços simples, sem grandes “pormenores” técnicos. E isso passa por satisfazer algumas necessidades em particular, entre as quais está a substituição do router por um mais funcional, a criação de uma bridge de rede para a divisão da casa onde estão mais equipamentos ligados à rede, a centralização de vários dispositivos com base na rede wireless e na instalação de um ponto de extensão do sinal.
São estas soluções que os equipamentos que sugerimos na galeria acima permitem alcançar, sendo que além destes existem tantos outros que cumprem a mesma missão e permitem alcançar os mesmos objetivos. Além deles, há ainda alguns “truques” que pode colocar em prática e que sugerimos, sem que tenha de entrar em pormenores demasiado técnicos e complexos.
Precisa mesmo de novo equipamento?
Muitos utilizadores avançam para a compra de novos equipamentos quando notam um mau desempenho da sua rede doméstica, gastam dinheiro e perdem tempo com configurações, e acabam por notar que fica tudo na mesma. Tudo porque não tentaram encontrar as razões de o sinal Wi-Fi não estar disponível como devia…
Antes de mais, ou antes de instalar a sua rede doméstica de novo ou pela primeira vez, lembre-se de planear o processo e a disposição dos equipamentos. Analise as suas necessidades e teste os pontos em que nota que o sinal é fraco ou inexistente. E posicione o seu router no ponto mais eficaz: quando mais alto melhor, longe de equipamentos que possam interferir com a propagação do sinal e no centro da casa, de preferência.
Ou então na divisão em que mais utiliza equipamentos como o smartphone, o tablet, a TV, a consola de jogos… Em último caso, para eliminar pontos “mortos” ou levar o sinal de internet para o jardim ou para a varanda, por exemplo, com a eficácia desejada, a instalação de um ponto de extensão da rede pode ser a solução certa.
Pondere ainda ligar alguns equipamentos por cabo Ethernet, recorrendo para tal a sistemas Powerline como o que sugerimos acima, ou a bridges wireless que possibilitem depois uma ligação do género. Acima de tudo, pense antes de agir, visto que muitos utilizadores “leves” das redes wireless agem por vezes precipitadamente e acabam por ver os seus esforços fracassar porque, simplesmente, não precisavam de mais do que o router de origem disponibilizava. Era tudo uma questão de “arrumação”.
Reconfigurar e definir
Por outro lado, se nota dificuldades na sua rede wireless quando em tempos tudo funcionava devidamente, lembre-se que é importante fazer reset ao router de vez em quando. Não há um tempo fixo para fazê-lo obrigatoriamente, achamos, mas pode fazê-lo quando notar diferenças.
E este reset não deve ser “às cegas”. Ou seja, se em tempo efetuou alterações às configurações de base do router (algo que é, muitas vezes, importante), lembre-se que um hard reset pode apagar algum do trabalho que teve antes.
Opte por recorrer aos programas e interfaces de apoio que a maior parte das fabricantes disponibilizam juntamente com os equipamentos de rede, visto que se torna assim mais fácil efetuar um reset “seletivo”, por assim dizer. O mesmo é válido para os updates de firmware dos mesmos equipamentos, especialmente o router: é normal que as marcas disponibilizem versões mais recentes e funcionais do firmware, pelo que deve verificar sempre que possível se existem actualizações a fazer.
Canais e frequências
Por fim, e de forma muito simples, se os seus equipamentos podem funcionar nas frequências de rede Wi-Fi 2,4 e 5 GHz, aproveite. Contudo, se os softwares incluídos permitirem fazer esta gestão automaticamente, opte por essa opção, para simplificar. Relembrando: a frequência de 2,4 GHz é mais lenta, mas em termos de alcance e penetração de divisão em divisão, por exemplo, é mais forte. Já a frequência de 5 GHz “ganha” pela velocidade, visto que no que toca a alcance é mais limitada.
Da mesma forma, verifique se existe algum equipamento ligado à rede que ainda funciona sobre um standard de rede wireless antigo e menos funcional que os mais recentes. Ter um sistema de rede doméstica assente em 802.11ac de pouco vale caso ainda tenha por aí um media center antigo com uma placa de rede que ainda funciona apenas no suporte 802.11b…
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