Chegar ao trabalho, ligar o computador, mexer o rato, clicar nos botões do mesmo, arrastar a roda do centro vezes e vezes sem conta, deixar inutilizados botões que parece estar a mais naquele pequeno dispositivo. Ao lado de computadores, smartphones e tablets o rato pode passar desapercebido. Mas é seguramente um dos elementos centrais do trabalho e da economia mundial neste momento.
Como elemento que controla o interface do computador, o rato conseguiu revolucionar a forma como o homem interage com as máquinas - de forma direta ou indireta. Aquele que é considerado como o pai do rato, Douglas Engelbart, morreu no dia 2 de julho. Douglas Engelbart viveu tempo suficiente para ver como o rato evoluiu tanto no conceito como na forma.
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Mesmo a história mais recente mostra vários tipos de ratos. Desde ratos com esfera na parte inferior, a ratos a lazer e com dependência de ligação por fim, até aos periféricos sem fios que funcionam através de comunicação Bluetooth.
Na estética também se tem assistido a uma evolução constante. Atualmente há de tudo um pouco, desde equipamentos minimalistas e de bloco único, até aos verdadeiros monstros tecnológicos que conseguem ter quase tantos botões como o teclado.
E nem sempre tudo se refere à tecnologia. O rato assumiu tamanha importância na vida de muitas pessoas que também teve que se adaptar ao desgaste físico que provoca, evoluindo para formas ergonómicas e menos agressivas para o corpo humano.
O TeK foi dar uma volta pela Internet e tentou selecionar alguns dos melhores ratos e dos mais característicos que as empresas têm atualmente à disposição. Para utilizadores básicos a utilizadores profissionais, como são os jogadores por exemplo, há ratos para todos os gostos.
Mesmo que alguns modelos não estejam à venda diretamente cá em Portugal, incluindo nas lojas de retalho, uma visita às lojas online com expedição internacional, como o eBay ou Amazon, permite encomendar os periféricos que acharem mais interessantes.
Logitech Performance Mouse MX
Irregular mas desenhado a pensar no desempenho. O Performance Mouse MX promete trabalhar em quase todas as superfícies, incluindo no vidro. O único requisito de funcionamento em qualquer superfície é a de ter quatro milímetros de espessura.
Além dos botões tradicionais, o rato da tecnológica tem ainda quatro botões dedicados e que podem ser geridos apenas com o polegar. Botão de avançar e recuar nas páginas de Internet, botão dedicado para o zoom de imagens e botão que permite trocar entre janelas de aplicações abertas no ambiente de trabalho. A Logitech diz ainda que o utilizador pode definir ações a serem executadas pelo quarto elemento.
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Botão de rolagem ultra rápido e controlo da velocidade e resposta do cursor no ecrã são outros elementos que tornam o Performance Mouse MX um dos melhores na sua categoria. O preço deste rato ronda os 99 dólares, cerca de 75 euros.
Mad Catz R.A.T.M.
Palavras para quê? O aspecto deste rato diz muito:
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Destinado para os gamers, o Mad Catz R.A.T.M. tem na sua versatilidade o grande trunfo relativamente aos rivais. Ainda que não possa ser montado peça por peça, existem elementos ajustáveis no periférico que o transformam num equipamento também ele a pensar na ergonomia. Descanso do polegar e base extensível para adaptação ao tamanho das mãos são alguns "truques" que este rato consegue operar.
Precisão e velocidade de resposta, alimentação por duas pilhas que chegam a durar um ano, conetividade Bluetooth até 10 metros, botão 5D - que permite executar cinco ações diferentes através da mesma tecla - e outros 10 botões, fazem o preço do Mad Catz R.A.T.M. situar-se perto dos 130 dólares, cerca de 99 euros.
Microsoft Wedge Touch Mouse
A simbiose entre rato e interface de utilizador deve ser a mais perfeita possível. E a pensar nisto - e também nos computadores que não têm ecrãs táteis - a Microsoft lançou o Wedge Touch Mouse, rato que tenta rentabilizar ao máximo as novas características do Windows 8.
O Wedge Touch Mouse não foi desenhado para ser "clicado", mas antes para ser tocado. E em todas as direções. Com a superfície lisa de dimensões significativas, dado o aspecto pouco comum que o rato tem, o utilizador pode trabalhar no periférico como se estivesse a mexer diretamente num ecrã de um tablet ou convertível.
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O maior defeito deste dispositivo é a audiência que consegue atingir. Desenhado a pensar no Windows 8, em todas as versões do sistema operativo da Microsoft anteriores não são aproveitadas as principais características. Em contrapartida o tamanho pequeno tornam este rato uma solução a considerar para quem a portabilidade e descrição são uma mais-valia.
Por 70 euros, um computador mais antigo pode tirar o máximo proveito do mais recente sistema operativo da tecnológica.
Hippus HandShoe Mouse
E se para alguns o design extravagante é sinónimo de portabilidade, simplicidade ou de ferocidade, no caso do Hippus HandShoe Mouse é sinónimo de saúde. O aspecto pouco comum do rato é explicado pelas consequências pouco nefastas para os braços humanos.
O polegar assenta na parte esquerda do rato enquanto os quatro dedos restantes ficam na parte direita. A mão repousa por completo no periférico e fica numa posição que não tem grandes exigências musculares para o braço.
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O defeito, segundo escreve alguma imprensa especializada, está no plástico usado na construção do equipamento que pode tornar-se desagradável ao fim de várias horas de utilização seguidas.
Por 130 dólares, cerca de 99 euros, consegue evitar algumas complicações caso seja um utilizador que faz movimentos e ações constantes com o rato.
Quem será o pai da criança
Mas no dia em que o TeK faz esta Montra sobre os ratos como homenagem a um dos homens que mais contribuiu para o seu desenvolvimento inicial, sobretudo a nível de conceito, surge um individuo britânico que alega ter inventado o rato 20 anos antes dos norte-americanos. A história é contada por Ralph Benjamin e é citada pelo The Telegraph.
Diferente dos ratos acima referenciados, mas semelhante aos modelos iniciais do periférico, Ralph Benjamin diz ter criado ainda durante a Segunda Guerra Mundial um equipamento onde havia uma esfera em posição fixa e sobre a qual seria necessário passar a mão, nas mais variadas direções, para controlar um elemento gráfico à distância.
O sistema foi desenvolvido para ser usado num programa de monitorização naval que determinava através de sondas a posição de aviões inimigos numa gralha de eixos Y e Z. Pensado também como um joystick, a ideia acabou por evoluir para um conceito onde a palma da mão do utilizador pudesse descansar.
Os leitores do TeK também podem deixar na caixa de comentários outros ratos atuais que sejam ilustrativos da grande diferença que houve para o modelo inicial - tenha sido ele de Ralph Benjamin ou Douglas Engelbart - e que se destaquem da oferta tradicional pelas características que têm, seja nas teclas, formato ou precisão.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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