A 29 de Junho era lançado nos Estados Unidos o muito antecipado telefone da Apple. O "iPhone Day", como chegou a ser apelidado, começou apenas às seis da tarde - hora local - e teve direito a filas de espera de centenas de utilizadores, alguns dos quais acamparam à porta dos pontos de venda durante vários dias, para garantir que levavam o terminal para casa no dia da sua estreia.

O entusiasmo com que o novo gadget foi recebido levou, inclusive, a sua fabricante a estabelecer um conjunto de regras que teriam de ser cumpridas nas 164 lojas da marca abertas para o lançamento, como a impossibilidade de um cliente adquirir mais do que dois telemóveis ou ser atendido se estivesse fora da fila, constituída por ordem de chegada.

O iPhone surgia em duas versões e 4GB e 8GB, ao preço de, respectivamente 499 dólares e 599 dólares. Ao valor dos terminais acrescia o custo do contrato com a AT%T, operadora de telecomunicações que, inicialmente, comercializou o telefone em exclusivo nos Estados Unidos.

Nos primeiros tempos este foi, aliás, o regime aplicado pela Apple nos restantes países onde foi disponibilizado o telefone, modelo posteriormente abandonado.



[caption][/caption]

Poucas horas após ser colocado à venda, o iPhone já era dado como "praticamente esgotado". Segundo uma análise da Bloomberg na altura, nas primeiras 24 horas a AT&T teria vendido cerca de 72 mil unidades e a Apple mais de 128 mil, perfazendo um total em redor dos 200 mil aparelhos.

Em menos de três meses, ou mais precisamente 74 dias após ter sido lançado, era a própria fabricante que anunciava ter chegado a um milhão de unidades vendidas, quando por esta altura o dispositivo ainda nem sequer tinha sido lançado na Europa.


[caption][/caption]

Só no Outono o smartphone da Apple chegou ao Velho Continente, primeiro à Alemanha e Reino Unido, a 9 de Novembro, e depois de alguns dias, a 29 do mesmo mês, ao mercado francês.

O acolhimento europeu não pôde comparar-se ao entusiasmo norte-americano, embora as portas das lojas também tenham acumulado muitos fãs do dispositivo. Na altura havia inclusive consultoras que defendiam que o iPhone na Europa não teria impacto a longo prazo, por apresentar falhas em alguns aspectos importantes para o mercado europeu.



[caption][/caption]

Um dos argumentos era o facto de o telemóvel da Apple não ser 3G, mas esse sim, foi um "defeito" que se revelou "passageiro". Aliás, quando chegou a Portugal, a 11 de Julho de 2008, já apresentava tal característica (a nível internacional, a segunda geração do iPhone foi colocada no mercado a 11 de Junho de 2008) e modelos de maior capacidade do que os lançados inicialmente no mercado norte-americano.

Na sua primeira incursão no mercado português, o smartphone da marca da maçã surgiu através da Vodafone e da Optimus. A TMN só se "rendeu" aos encantos do aparelho na sua quarta geração, que lançou em Outubro de 2010.

Hoje, dizem os rumores, aquele que é, até agora, o dispositivo mais vendido de sempre na história da Apple, estará prestes a conhecer a sua quinta geração, antecipada para Setembro deste ano.

Diz-se por aí que o iPhone 5 terá uma câmara fotográfica com maior resolução (8 megapixéis, no lugar dos 5 megapixéis oferecidos agora) e um processador mais robusto, e que o design será marcado pelo retorno a um aspecto mais arredondado.



[caption][/caption]

Não nos podemos demitir deste alinhamento histórico sem mencionar que, a par da popularidade do gadget em si, o iPhone trouxe também para a ribalta os conteúdos que animam grande parte das suas funcionalidades, não ficando mal dizer que a partir do smartphone da Apple iPhone o mundo das aplicações nunca mais foi o mesmo. Os milhares de propostas existentes, para diferentes plataformas, a par dos milhões de downloads feitos falam por si.

Os tribunais são outro elemento que parece ter ganho uma nova "dinâmica" com o surgimento do iPhone, dado o número de processos que o telemóvel já originou. A novela mantida com a Samsung é apenas um exemplo…