Com 7,8 milhões de cartões de telemóvel em utilização, no final do terceiro trimestre do ano passado, a TMN deu hoje lugar à marca MEO, no âmbito da estratégia de convergência do grupo PT para os serviços fixos e móveis, de voz e dados.
São mais de duas décadas de história num sector de forte impacto no mercado, um dos que mais investe em publicidade e onde as marcas tudo fazem para não ser esquecidas, um esforço que a PT nunca desprezou e onde obteve sempre bons resultados.
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A marca foi por diversas vezes nos últimos anos a mais recordada nas campanhas publicitárias, um feito que só deixou de alcançar quando o grupo trocou o investimento publicitário feito na TMN por investimento na marca MEO e começou a substituir uma por outra insígnia em eventos de grande destaque, como os festivais de música ou os eventos desportivos.
Essa troca tornou-se clara no último ano, altura em que a marca MEO consolidou presença no mercado - foi a marca mais recordada nas companhas publicitárias realizadas no ano passado, em todos os sectores, de acordo com um estudo da Publivaga que a PT hoje recordou.
Os mesmos dados sublinham que a marca MEO passa a ser líder de mercado na rede móvel com uma quota de 46,3 %, uma liderança que também garante no triple-play, onde angaria uma quota de 47,2 %, sublinha a empresa.
Para a história ficam momentos que fazem a história das telecomunicações em Portugal, como a invenção do Mimo em 1995, o primeiro pré-pago a nível mundial. O conceito português, patenteado pela empresa, correu mundo e continua a ser um dos modelos de subscrição de serviços móveis mais usado em todo o mundo. A invenção aconteceu três anos após o lançamento comercial da rede digital GSM da empresa, em 1992.
Nesse ano a TMN começou a apostar na segmentação de planos de preços, um caminho que continuou nos anos seguintes e que veio permitir o surgimento de planos como o Mimo, o SPOT ou o TACO.
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Entretanto, o ritmo de aderentes aos serviços de comunicações dispara. A TMN garantiu a liderança do mercado móvel em 1997 e manteve-a até à data. Chegou a 1998 com um milhão de clientes e em 1999 passou para os dois milhões, uma altura em que as comunicações já eram faturadas ao segundo e que as taxas de adesão tinham acabado de ser abolida.
Em 2000 a TMN introduziu o GPRS, num ano que também ficou marcado pela introdução no mercado de tarifários pré-pagos sem carregamentos obrigatórios. A TMN foi pioneira e introduziu o primeiro produto deste tipo, com o lançamento do Pako.
Na década passada a oferta da operadora registou várias inovações, que refletem a chegada lenta da Internet às comunicações móveis, traduzida nos primeiros serviços online. Ainda em 2001, surgem ofertas como a Bilheteira On-line da Lusomundo, portal MyTMN ou o serviço Aqui Perto, um dos primeiros serviços WAP do mercado baseado na localização.
Um ano depois, em 2002, e já com quatro milhões de clientes, o MMS chega à rede TMN, que pela mesma altura demonstra uma videochamada, um serviço de terceira geração que só chegaria à oferta comercial da operadora em 2004. A TMN foi a primeira a lançar o 3G em Portugal e a terceira empresa a fazê-lo na Europa.
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Em 2005 a TMN chega aos 5 milhões de clientes e posiciona uma oferta no segmento low cost, com o lançamento do operador móvel virtual Uzo. Pela mesma altura a operadora estreia uma oferta de homezoning, o Casa T, que permite diferenciar a utilização da rede móvel dependendo da localização do utilizar, dentro ou fora de casa.
No ano seguinte a operadora avança para o 3,5G e em 2007 estreia a oferta de Internet no telemóvel. Na TMN e nas concorrentes Vodafone e Optimus surgem os primeiros pacotes de Mobile TV e lançam-se as bases de uma oferta que poucos anos mais tarde começaria a fazer sentido, nos preços e nos conteúdos.
A chegada da operadora aos 7 milhões de clientes acontece em 2009, três anos antes da entrada na quarta geração móvel, algo que acabaria por acontecer em março de 2012, depois de um investimento de 113 milhões para assegurar as licenças leiloadas um ano antes, em 2011.
No mesmo ano a TMN lançou alguns serviços que marcaram a história da marca, como o tarifário pré-pago "e", que um ano depois somava um milhão de clientes, o TMN Drive, numa parceria com a NDrive, que levou a aplicação de mapas e navegação da empresa portuguesa para todos os smartphones TMN.
2013 foi um ano calmo nas telecomunicações móveis e o percurso da TMN no seu último ano de vida completo não foi diferente. Uma das principais evoluções na oferta da empresa terá sido o alargamento dos limites de tráfego de dados nos tarifários, uma tendência que muito provavelmente continuará a marcar o posicionamento do MEO, numa altura em que a utilização de Internet no telemóvel se está a transformar numa commoditie.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Nota da Redação: A notícia foi actualizada e foi corrigida uma imprecisão na data de lançamento do Mimo.
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