Este homem não é real. Na verdade, o Graham foi criado como parte de uma campanha de sensibilização desenvolvida pela Comissão de Acidentes com Transportes (TAC) da Austrália. O objetivo? Mostrar o quão distantes estão os nossos corpos daquela que seria uma versão humana à prova de acidentes de viação.
Depois de vários meses de pesquisa, liderados por um cirurgião e um perito em acidentes, o modelo foi depois criado pela artista Patricia Piccinini. O resultado é necessariamente mórbido. E as diferenças relativamente ao "normal" saltam à vista.
"As pessoas conseguem sobreviver se baterem a toda a velocidade contra uma parede depois de um sprint, mas se isso acontecer a bordo de um veículo, as chances de sobrevivência são muito menores. Estamos a falar de velocidades superiores, de forças superiores", explica Joe Calafiore, responsável máximo da TAC.
Para fazer frente à violência destas variáveis, o crânio do Graham, por exemplo, foi envolto num capacete natural de gordura e osso que assegura proteção ao cérebro. As costelas estão intercaladas com sacos de pele oca que funcionam tal como um airbag.
As alterações estão todas explicadas neste site. A comissão desenvolveu-o com base numa interface interativa onde todos os pontos de interesse são exploráveis com a ajuda de texto e vídeos explicativos.
O objetivo final é que perceba que o ser humano é vulnerável a várias ameaças. As estradas, como escrevem os autores desta campanha, articuladas com a irresponsabilidade dos condutores, são uma das maiores.
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