O núcleo do maior planeta do Sistema Solar é algo incomum e uma equipa de investigadores acredita que a explicação pode estar nesta colisão dada há 4.500 milhões de anos, que acabou por interromper o processo de formação do gigante gasoso.
As imagens e dados recolhidos pela sonda Juno, da NASA, indicam que no lugar de um núcleo central pequeno e muito denso, Júpiter poderá ter um núcleo mais “diluído”, embora contendo elementos pesados.
Tentando perceber o que pode ter provocado tal “efeito”, os investigadores usaram modelos de simulação de colisões e os resultados mostraram que só o impacto de um embate com um planeta jovem, de grandes dimensões, seria capaz de tornar o núcleo mais difuso, permitindo uma mistura que contem rochas e gelo, mas também hidrogénio e hélio.
"Como é denso e vem cheio de energia, o impactador seria como uma bala que atravessa a atmosfera e atinge o núcleo", afirma Andrea Isella, coautora do estudo e astrónoma na Rice University. “Antes do impacto, tens um núcleo muito denso, rodeado de atmosfera. O impacto frontal amplia as coisas e dilui o núcleo”.
Os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista Nature.
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