Não há receitas mágicas, nem soluções completamente à prova de ataques. Todos os dias surgem novas ameaças, que exploram falhas de segurança desconhecidas, que encontram vias inéditas para entrar nos sites das empresas que nos oferecem serviços online e roubar dados, deitar serviços abaixo e procurar vantagens financeiras.

Nesta guerra do gato e do rato, o objetivo de todos os envolvidos é ser o mais rápido. Quem desenvolve malware tem de criar programas capazes de explorar falhas que os fabricantes de software ainda não tenham detetado ou reparado.

Os fabricantes têm de ser cada vez mais rápidos a detetar e a corrigir essas falhas, para não dar margem a ataques e em termos genéricos têm conseguido ganhar agilidade e dar robustez aos seus sistemas, reduzindo o número de falhas, mas também tornando-se mais rápidos a reparar as que não conseguiram evitar. Mas isso não significa que o número de ataques informáticos pare de aumentar todos os anos e quem está à frente do computador em muitos casos continua a ser o elo mais fraco, colocando-se com frequência em risco porque não segue os conselhos repetidos continuamente.

No início deste ano, um estudo citado pela WhiteHat revelava que quatro em cada cinco utilizadores admitiam que as suas contas em serviços online já tinham sido atacadas e, como tal, os seus dados foram acedidos indevidamente.

Outra pesquisa mais recente, patrocinada pela Google, deixava bem claras as diferenças de perceção naqueles que são as práticas de segurança mais prioritárias para peritos e não peritos no tema. Uma das diferenças mais marcantes entre os dois grupos está nas atualizações de software, que os não peritos continuam a não ver como críticas para manter os equipamentos seguros. E é precisamente do software obsoleto que se abrem muitas das janelas de oportunidade para lançar ataques. Se os fabricantes corrigirem as falhas que forem detetando e atualizando as versões dos seus produtos mas os utilizadores não seguirem os updates não tiram partido disso.

Mas este não é a única ação básica e acessível a qualquer utilizador de Internet para se manter seguro online que é descurada. Há mais e pedimos a vários fabricantes que enumerassem as mais importantes, na forma de recomendações. Neste mês da cibersegurança aqui ficam.