Já com mais de 20 milhões de utilizadores em todo o mundo, o Ubuntu é uma das mais “amigáveis” versões de Linux e tem vindo a conquistar adeptos mesmo entre os que não têm conhecimentos técnicos, nem querem ter. E por isso constitui uma das alternativas mais credíveis aos Windows e MacOS dentro do mundo de múltiplos “sabores” dos sistemas operativos Linux.

Cumprindo a sua promessa de renovação a cada seis meses, a Canonical lançou na semana passada uma nova versão, a 11.10, que tem o nome de código de "Oneiric Ocelot", e que adiciona algumas novidades, sobretudo a nível da facilidade de navegação das aplicações e utilização do sistema. Mas não espere grandes revoluções, porque estas não existem…



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O ambiente de trabalho mantém o interface Unity que já é usado desde a versão 11.04 do Ubuntu, mas há algumas mudanças no Dash, o menu de acesso rápido a programas e ficheiros, que tem uma navegação mais fácil e acesso a partir de um botão no topo do ecrã.

Esta é a maneira mais célere de chegar aos ficheiros de música, vídeo e imagens, permitindo a pesquisa por tipo de aplicação ou ficheiro e aplicando novos filtros para encontrar o que precisa.

Mas uma das novidades mais interessantes é a integração do Dash com o Software Center, o que permite aceder rapidamente a qualquer aplicação, esteja ou não já instalada no seu computador. Basta escrever o nome e pode clicar diretamente na aplicação de que precisa, e instalá-la no mesmo momento.



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A navegação entre as aplicações é outra das novidades “de monta”. Usando as teclas Alt + Tab pode navegar entre aplicações abertas e janelas da mesma aplicação sem ter de sobrepor todas no mesmo espaço.



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O próprio Software Center foi remodelado e começa a parecer-se cada vez mais com as lojas de aplicações para telemóveis e desktop, como a App Store. A facilidade de navegação, rapidez e facilidade de instalação das aplicações são elementos cruciais para ganhar o interesse dos utilizadores, e a discrição breve das funcionalidades e classificação ajudam a selecionar as melhores propostas.

O número de aplicações disponíveis tem vindo a crescer e entre as (muitas) opções gratuitas pode também encontrar aplicações pagas, sendo abandonada a filosofia de “tudo grátis”.




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A aposta da Canonical na Cloud é também cada vez mais visível nesta nova versão do Ubuntu, e completamente integrada. A partir da barra de programas pode aceder ao Ubuntu One que permite sincronizar as aplicações e garante 5 GB de armazenamento de ficheiros grátis.




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Conte ainda, como habitualmente, com um leque simpático de aplicações pré-instaladas. O browser por excelência é o Firefox e o pacote de produtividade o Libre Office. Para o email a Canonical escolhe agora o Thunderbird, da Mozilla, que está integrado com o desktop, podendo ser acedido através da barra de programas ou do símbolo de email no canto superior direito.

Se quiser pode fazer á sua própria visita guiada pelo Ubuntu, através de uma apresentação ou experimentando as opções como se tivesse à sua frente o ambiente de trabalho da nova versão do sistema operativo. Mas não vale a pena experimentar com Internet Explorer…

Veja ainda o vídeo que a Canonical preparou com as principais novidades da nova versão.

Agora resta esperar pela próxima versão, prometida para Abril de 2012. O nome de código já foi atribuído, e será Precise Pangolin, alegadamente pela robustez que a Canonical quer imprimir a esta release, que vai ter suporte alargado a longo prazo, sendo o primeiro lançamento LTS que suporta gestão de infraestruturas de nuvem para arquiteturas ARM e x86.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Nota da Redação: Foi corrigida uma gralha no título. Uma troca de números fez com que referissemos incorretamente a versão 10.1 em vez do número correto, o 11.10.