As barreiras ao comércio electrónico começam a desvanecer-se. A confiança dos utilizadores neste canal de vendas tem melhorado, os mecanismos de segurança à disposição dos lojistas também e começa a assistir-se ao regresso de alguns formatos, já experimentados há alguns anos, mas que reúnem hoje um potencial de sucesso que noutros tempos podia vislumbrar-se, mas dificilmente concretizar-se.



Hoje passamos em revista alguns serviços online onde pode obter grandes descontos na aquisição de produtos em diversas áreas, graças ao poder das compras em grupo. O que não pode é ser indeciso, porque a lógica é de promoções limitadas no tempo, na maior parte dos casos a 24 horas.



Começamos a viagem pela Groupon. O serviço tem conseguido algum sucesso e a prova disso é o número de países a que o site já chega, Portugal incluído. Contudo, é provável que nenhuma acção de marketing da empresa, que aposta principalmente num passa-palavra assente na compensação dos clientes que indicam outros, terá tido a repercussão do boato que dá como certo o interesse da Google no negócio. A informação não é confirmada mas circula na imprensa há vários dias e dá como certa a existência de pelo menos duas ofertas de vários milhões para adquirir a empresa, aparentemente sem interesse para a visada.



Enquanto o modelo original se mantém, se quiser experimentar as vantagens do conceito terá de fazer o registo no site e passar a receber toda a informação promocional disponibilizada. Se gosta de uma caixa de correio mais clean também pode - neste e nos seguintes serviços - optar por não fazer o registo e ir passando pelo site, até que algo do seu interesse justifique o registo. Todas as ofertas estão disponíveis para consulta sem registo.



Todos os dias são renovadas promoções, entre descontos de âmbito nacional e regional (por cidade). Na informação disponibilizada está o preço tabela do serviço e o preço promocional. Quem estiver interessado em fazer negócio avança para o registo completo na plataforma, que inclui partilha dos dados do cartão de crédito (ou conta PayPal), e confirma o interesse.


Na informação associada ao serviço também está sempre indicação relativa ao facto de já existirem, ou não, um número suficiente de pessoas interessadas no produto para activar a promoção. Se no período de vigência da promoção for possível atingir esse limite mínimo, o valor correspondente é debitado da conta do cliente e emitido um cupão. Caso contrário não será.

[caption]Groupon[/caption]

Também recente é a chegada da Letsbonus a Portugal. A lógica de funcionamento da empresa espanhola é idêntica àquela que faz funcionar a Groupon e a gama de produtos igualmente variada, mas se na primeira sugestão se prometem descontos até 90 por cento, nesta a proposta é mais contida e o tecto apontado para os descontos é de 70 por cento.


Também diferente é o bónus pela recomendação de amigos para subscrever o serviço, não para quem sugere mas no total. Ou seja, quem sugere novos amigos para o serviço ganha 6 euros por cada um que se torne de facto cliente da plataforma e faça a sua primeira compra (tal como na Groupon). Outro tanto é oferecido a quem foi recomendado.



Para Portugal o serviço espanhol de cupões de desconto tem ofertas em Lisboa e Porto. Tal como na referência anterior, a regra é a de manter cada oferta disponível por 24 horas e permitir que o cliente goze o desconto num período de seis meses. todas as condições do serviço oferecido estão descritas na informação online e também no cupão de descontos.

[caption]Letsbonus[/caption]

Se está a pensar criar mesmo uma área nos favoritos com endereços deste género, para ir variando entre serviços, deixamos mais um endereço, o da Goodlife. Não há muitas diferenças a apontar face ao leque de ofertas disponibilizadas - a aposta continua a passar por refeições, tratamentos de beleza, experiências de lazer e kids -, e a lógica de funcionamento do site também é a mesma: cada desconto está disponível por um período de tempo limitado e só fica activo com um determinado número de adesões confirmadas. Até o design do site é idêntico nos três casos.

A diferença mais significativa da Goodlife - disponível para várias cidades - será talvez o mecanismo de compensação de clientes, que neste caso é apenas descrito como um presente. Os meios de pagamento disponíveis na Goodlife são Visa, Mastercard, Multibanco e America Express e os descontos podem ir até aos 90 por cento.

[caption]Goodlife[/caption]

Já com espaço reservado online mas de momento indisponível, está o Cardume, que funciona na mesma lógica e promete descontos entre os 55 e os 90 por cento. Apresenta-se como um projecto totalmente português e com pretensões de se tornar o maior portal português de compras colectivas. O Cardume também prevê uma compensação de seis euros ao cliente por cada amigo que se torne comprador no site.

[caption]Cartume[/caption]

Outra novidade com data marcada para estrear, no próximo dia 14 de Dezembro, é o WaitForLess. Criado em Portugal, o site propõe uma forma diferente de fazer compras. Os preços de todos os produtos começam por estar escondidos e podem ser consultados através da utilização de um crédito de 0,50 euros. Cada consulta diminui o preço do produto em 0,15 euros.



Os créditos utilizados nas consultas vão sendo acumulados e quando é outro utilizador que adquire o produto desejado ficam disponíveis para descontar numa nova compra.

Cada produto só é vendido quando um dos utilizadores que destapa o preço o decide comprar. Não há prazos de vigência para cada oferta, embora esteja previsto que os utilizadores tenham a possibilidade de pedir alertas ao sistema, sempre que um determinado preço-alvo (por si definido) é atingido. O pagamento das compras feitas pode ser realizado por multibanco ou PayPal.



Os produtos que estarão à venda no WaitforLess serão principalmente telemóveis, computadores portáteis, televisões LCD e prometem-se preços abaixo do mercado.



A lógica neste caso é um pouco diferente, mas continua a reflectir o peso da intervenção de um grupo de utilizadores interessados num mesmo produto.



Navegue pelas alternativas e perceba se vale a pena usar alguma destas sugestões para fazer compras de Natal. Se tiver mais sugestões, da nossa parte deixamos a habitual ... partilhe-as connosco.

Cristina A. Ferreira

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