Quantos de nós não gostariam de dar um contributo mais sério para criar um mundo melhor? De certeza que a questão já o assolou mas a verdade é que a falta de tempo não ajuda a planos de grande proactividade.



De qualquer forma é bom lembrar que hoje existem muitas formas de o fazer sem sair do escritório, ou até mesmo saindo e estando em qualquer parte do mundo. São cada vez mais os projectos de investigação científica que apelam à capacidade de computação disponível no PC de cada um de nós para dar rapidez a projectos, que de outra forma levariam centenas de anos ou teriam custos incomportáveis.



Hoje mostramos algumas das hipóteses disponíveis para quem não se importa de emprestar um bocadinho do seu PC. A regra é a mesma para todos os projectos. Baste que instale software e depois é só deixá-lo correr. Os períodos em que a capacidade de computação é utilizada é que a variam, mas esta é informação que está sempre explicada em detalhe.




Folding@home


O mais conhecido destes projectos será talvez o Folding@home. O apelo aos utilizadores da PS3 tornou o projecto mediático e fez disparar o número de utilizadores prontos a disponibilizar um pouco da sua capacidade de computação para perceber como funcionam e se agrupam as proteínas.



Hoje contribuem para a pesquisa da Universidade de Stanford mais de um milhão de utilizadores da consola, que se juntam aos utilizadores de PC que também se interessaram pelo projecto, num total de mais de 2,7 milhões de CPUs.



Climate Predictions


Se preferir usar a capacidade de computação livre no seu PC para fins relacionadas com a meteorologia também é possível. O premiado Climate Prediction reúne hoje quase 50 mil máquinas, que a partir de várias partes do mundo ajudam a analisar cenários e prever as consequências do aquecimento global.



SETI@home


Mais intrigante, pelos resultados a que pode conduzir, será talvez o SETI@home da Universidade de Berkeley na Califórnia. O objectivo é detectar a existência de vida inteligente fora da Terra. São usados telescópios de rádio que procuram estes sinais na imensidão do espaço desde 1999, altura em que se iniciou o projecto na configuração actual de recurso à computação distribuída.



World Community Grid



Se está indeciso, já sabe que quer ajudar, mas ainda não definiu como, o melhor é antes de deixar o assunto dar um saltinho ao World Community Grid. Esta iniciativa, lançada pela IBM em 2004 é a porta de entrada para vários projectos de investigação que se suportam na computação distribuída. São escolhidos para estar representados na plataforma por especialistas e dão a quem pretende ajudar a oportunidade de se organizar em equipas, por exemplo.



Com o objectivo de se tornar a maior grelha mundial de computação a World Community Grid conta já com perto de 360 mil membros que partilham 895 mil CPUs. O projecto já gerou cerca de 14 mil anos de processamento.