Um estudo recentemente divulgado tentou medir as emissões de dióxido de carbono relacionadas com a utilização da Internet, email e transferência de dados a partir de um dispositivo USB. Realizado pela Arobase, em França, o estudo indica que cada colaborador de uma empresa contribui, só com o correio electrónico, para a emissão anual de 163 Kg de CO2.
O número foi calculado com base na indicação de que numa empresa francesa com cerca de 100 empregados cada colaborador recebe em média 58 mensagens de correio electrónico e envia 33. Se a cada mensagem estiver associado um megabyte essa actividade irá gerar os tais 163 Kg de emissões.
A análise vai mais longe e arrisca o cálculo do gasto energético com as pesquisas, que pode chegar a 9,9 quilos de emissões por ano para cada internauta que realize 949 buscas web anualmente.
Por duvidosa que pareça esta análise, há uma base correcta na avaliação: todas as actividades que realizamos (ou quase) resultam na emissão de dióxido de carbono para a atmosfera e a utilização do computador não foge à regra, sobretudo pelo consumo de energia eléctrica, seja ou não originada em energias renováveis.
Contas feitas, sabemos que vale a pena fazer sempre as opções mais ecológicas em prol da sustentabilidade ambiental. E por isso retomámos um tema que já tínhamos abordado no TeK, com as escolhas mais verdes para as pesquisas.
O Ecosia é uma excelente referência para começar, herdando os passos do Forestle que já tínhamos referido no TeK. O site permite preservar 0,1 metros quadrados de Floresta no Norte do Brasil por cada pesquisa. Basta fazer as contas para se aperceber que rapidamente pode estender essa preservação a um grande território com a sua ajuda.
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O site tira também partido de links publicitários, usando por base o Bing e o Yahoo para as pesquisas e a gestão dos anúncios.
Embora apenas 80% do dinheiro acumulado seja doado para o projecto da WWF, já foram angariados mais de 275 mil euros, e o valor continua a crescer. Este é apenas o resultado de 533 mil pesquisas realizadas por 179 mil utilizadores, a grande maioria alemães, e por isso há um grande potencial de crescimento e consequente impacto ambiental. Portugal tem ainda uma contribuição tímida, que cabe a cada um de nós aumentar...
Não esqueça que, segundo as contas partilhadas pelo projecto, cada hectare protegido nas florestas húmidas pode evitar a emissão de 600 toneladas de CO2 para a atmosfera.
O ecocho tinha a mesma filosofia, mas parece que o projecto "morreu", provavelmente por falta de sustentabilidade...
Há ainda outras alternativas, powered by Google, como o Znout (Zero Negative Output) e o
Blackle, mas ambos funcionam com premissas diferentes, embora tenham os dois versões "personalizadas" em português.
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O Znout explica no site que contrabalança o consumo de energia com a compra de créditos, explicando que por cada pesquisa realizada no Google o gasto é equivalente ao de manter uma lâmpada de 11 watts acesa durante uma hora. Até agora o site já "tornou verdes" 13.750.995 watts hora.
Se preferir uma versão mais clara, o Znout tem a opção de alterar o fundo para um cinza claro, mas o Blackle não o permite, até porque fundamenta a poupança de energia precisamente com a exibição de um fundo preto, o que torna todo o conceito mais duvidoso...
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O que interessa também é o investimento que os motores de busca estão a fazer, ou não, nos seus centros de dados, para optimizar o consumo de energia dos milhares de servidores usados e dos sistemas de refrigeração que são necessários para os manter fresquinhos.
E se o pensamento for este, então evite usar o Facebook. A Greenpeace lançou no ano passado um vídeo em que mostrava que a rede social não era amiga do ambiente e que retratava a história do Facebook e de Mark Zuckerberg de uma forma muito incisiva, apesar do traço infantil. Voltamos a reproduzi-lo para quem não conseguiu ver a peça...
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