Os componentes tóxicos usados no fabrico dos vários componentes dos computadores mas também a energia consumida em níveis excessivos estão na mira da opinião pública, onde o verde da ecologia dita tendências, mesmo que acabem por não se concretizar em opções de compra.

Os fabricantes de PCs estão naturalmente atentos à obrigações ambientais impostas a todos os fabricantes de produtos eléctricos e electrónicos mas têm também aproveitado a onda de popularidade do Green It para promoverem equipamentos ditos "verdes" que atraem uma faixa muito específica de compradores.

Entre as novidades nesta área o destaque vai para o recém apresentado Bitway Flex PC, que junta a Via Technologies e a brasileira Bitway no desenvolvimento de um computador que consome até 76% menos de energia do que um PC tradicional. O equipamento há está à venda no Brasil por 800 Reais (cerca de 300 euros) já com monitor CRT com monitor CRT, kit multimédia, teclado e rato.

A motherboard é a VIA pc2500, que usa o processador VIA C7-D a 1.5GHz e integram 512 MB de memória RAM, um disco de 80 GBytes e um leitor de DVD e gravador de CD. O sistema operativo é o BitLinux, uma distribuição de Linux desenvolvida pela empresa, mas caso o utilizador deseje pode instalar outro sistema operativo, como o Windows.



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A Fujitsu Siemens Computers é uma das grandes marcas que tem mantido a preocupação ecológica, sendo que 75 por cento da gama de PCs profissionais é considerada pela empresa como "produtos amigos do ambiente". Um dos exemplos é o SCALEO Green PC, lançado no final do ano passado e que se distingue pela exibição de um vasto conjunto de certificações ambientais ganhas por ter uma motherboard livre de halogéneo, consumir menos energia e pela redução do ruído, entre outros factores que se estendem à caixa de transporte.

O equipamento não está à venda no mercado português porque a Fujitsu Siemens desinvestiu no mercado residencial em Portugal, mas está disponível na Europa e pode ser comprado online.

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Entre as referências possíveis merece também espaço o ThinkCentre A61e da Lenovo, o primeiro computador da empresa a obter a marca "EPEAT Gold", a qualificação máxima que um produto pode obter nesta escala. O facto de 90 por cento dos materiais usados no seu fabrico serem reutilizáveis e/ou recicláveis ajudou a esta distinção, assim como a opção pelo processador Athlon X2 dual core da AMD de 45 watts que a empresa garante ajuda a reduzir em cerca de 50 por cento o consumo habitual de energia eléctrica.

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Ainda mais pequeno e com emissões mais reduzidas, o ThinkCentre M57 "Eco" - também da Lenovo - chegou em Março às lojas por um preço de 495 Euros e não substitui o ThinkCentre A61e mas é apresentado como o PC mais ecológico de sempre da marca. Por isso mesmo representa uma alternativa válida para quem quer tudo "green".

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A verdade porém é que, apesar da "moda", os produtos ecológicos não são ainda os mais procurados pelos utilizadores, que dão mais valor ao desempenho e ao preço. No entanto, com a chegada ao mercado de novos modelos e um maior empenho dos fabricantes espera-se que a situação mude... para mais verde!