As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) são apontadas como uma das formas de reduzir os consumos de energia, mas as tecnológicas estão também na lista das mais gastadoras, com os datacenters à frente de um elenco de poluidores sempre referenciados pelas organizações de defesa do ambiente.
A utilização das TIC para um futuro mais sustentável faz parte dos objetivos da União Europeia para 2020 e foram adotados também pela Agenda Digital portuguesa, metas que nunca é demais recordar na semana em que se assinala o Dia da Terra.
Mas são também várias as vozes que referem que é preciso acelerar as medidas de sustentabilidade ambiental, com a APDC a referir que Portugal corre o risco de perder a janela de oportunidade na utilização das TIC na redução das emissões e aumento da eficiência energética.
O estudo Smart Portugal 2020 apontava recomendações, mas uma análise posterior indicava que a evolução estava a registar-se de forma lenta.
A sustentabilidade continua a ser hasteada como uma bandeira por muitas organizações e empresas, mas poucas escapam ao escrutínio crítico da Greenpeace, que mede as práticas aplicadas e assume muitas vezes uma postura bastante crítica em relação aos líderes do mercado tecnológico.
A associação tem criticado muitas vezes a Apple pela sua postura ambientalmente pouco correta mas esta ano elegeu a empresa como líder entre as ambientalmente corretas ma Internet.
A marca da maçã trabalhou para cumprir a promessa de que o serviço iCloud seria alimentado com energia 100% “limpa” e conseguiu o lugar mais alto no ranking da Greenpeace, que louvou os painéis solares e o uso de energia eólica para alimentar os centros de dados. A tecnológica recebeu a maior das notas em três dos quatro parâmetros analisados pela ONG, falhando apenas no sector da eficiência.
A Google e o Facebook também figuram no top 3 de empresas de Internet mais amigas do ambiente, como mostra a infografia abaixo, com a Microsoft, a Yahoo! e a IBM a figurarem também na lista das empresas bem colocadas.
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Ontem a Apple assinalou o Dia da Terra com um vídeo narrado por Tim Cook onde o CEO da empresa dá conta dos progressos feitos, mas assinala que este é um trabalho em curso, e que ainda há muito para fazer...
Sem olhar só para a Internet, a lista das tecnológicas mais "cool" foi liderada este ano pela Cisco, seguindo-se a Google e a Ericsson.
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Embora a maioria das empresas tenha apresentado melhorias face ao índice do ano anterior, há algumas quedas significativas, registadas pela Fujitsu, a Vodafone e a Dell, que tem vindo a cair sucessivamente no ranking.
Mas mais do que os produtos, que continuam a ter ainda problemas relacionados com a reciclagem - sobretudo quando são enviados para países em vias de desenvolvimento - a Greenpeace tem apontado baterias aos datacenters e à Cloud.
Segundo os números da organização, se a cloud fosse um país seria o sexto maior consumidor de energia do mundo, e o cenário é negro e mais poluído do que seria desejável. O sector é um dos de crescimento mais rápido em termos económicos e de consumo de energia.
A responsabilidade de assumir escolhas energéticas mais sustentáveis, mas também de exigir produtos mais "verdes" aos fornecedores, é defendida pela Greenpeace, que nos últimos anos moveu uma campanha intensa contra o Facebook.
A Greenpeace declarou na altura que "não é amiga do Facebook" e da sua política energética, demasiado dependente do carvão. E um vídeo produzido à data mostrava como a política de Mark Zuckerberg é vista pela associação...
E a campanha teve resultados positivos, que resultaram no investimento em energias renováveis e na subida do Facebook no ranking da Greenpeace, mas era bom que outras empresas seguissem o mesmo rumo...
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