
A importância da utilização das tecnologias da informação e comunicação no processo educativo tem vantagens reais mais do que comprovadas. Não se trata de distribuir apenas computadores e outros gadgets aos alunos, mas dar acesso a novas formas de conhecimento, envolvendo os professores e modificando o processo de aprendizagem com recurso a ferramentas que podem aumentar a sua curiosidade e vontade de saber.
A teoria é defendida por muitos pedagogos e são várias as instituições e empresas que puseram mãos à obra para tentar concretizar visões como a de um computador por aluno, investindo em projetos que visam o desenvolvimento de equipamentos mais baratos e em estratégias integradas que envolvem o desenvolvimento de conteúdos educativos, a participação de professores e o equipamento das escolas. Hoje recordamos algumas dessas iniciativas, entre os projetos mais emblemáticos.
Um dos movimentos que teve a capacidade de difundir a mensagem de “um computador por criança” a nível global foi o One Laptop per Child, promovido por Nicholas Negroponte e o MIT. A ideia acendeu um rastilho de iniciativas mais empenhadas na área da educação, prometendo um portátil de 100 dólares que acabaria por não se chegar a concretizar, pelo menos nos modelos inicialmente definidos, mas que já tem muitas histórias de sucesso para contar.
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O conceito “pegou” e acabou por levar à definição da proposta da Intel, com os modelos Classmate que dariam inspiração ao português Magalhães e a muitos outros netbooks que passaram a ser companhia frequente de crianças em muitos pontos do mundo.
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O Classmate é apenas o rosto de uma iniciativa mais vasta, que se estende à sala de aula e às escolas e envolve parceiros de diversas áreas, assim como um programa especial para professores, que também em Portugal tem sido dinamizado junto da comunidade educativa.
Através do programa educativo a gigante dos semicondutores já apoiou a distribuição de mais de 5 milhões de portáteis baseados no design do Classmate e ajudou a formar mais de 10 milhões de professores nas áreas das Tecnologias da Informação e Comunicação em 70 países.
A Microsoft é também uma das pioneiras na visão da importância da utilização das tecnologias em contexto educativo. Bill Gates foi um dos grandes dinamizadores da ideia e a empresa tem várias iniciativas que se estendem a diversas áreas, não se limitando a fornecer descontos para a compra de software ou a associar-se a iniciativas governamentais, como aconteceu também em Portugal com o Plano Tecnológico e as iniciativas e-escola e e-escolinha.
O programa Partners in Learning é um bom exemplo do empenho da empresa nesta área, e representa um investimento de 500 milhões de dólares num programa de 10 anos que tem chegado a milhares de professores. Esta semana mais de duas centenas reúnem-se em Lisboa para a conferência europeia.
Mas a visão da Microsoft para a educação tem outras perspetivas, entre as quais se destaca a iniciativa Shape the Future, liderada pelo português Joice Fernandes. Aqui o objetivo é estender o potencial das tecnologias à educação e transformar a forma como aprendemos e comunicamos, desenvolvendo indivíduos e a sociedade.
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A ACER também entrou nesta onda de desenvolvimento de iniciativas educativas, com o lançamento do piloto de netbooks em parceria com o European Schoolnet, que envolveu seis países: França, Alemanha, Itália, Espanha, Turquia e Reino Unido. A ideia é usar os netbooks da marca em várias escolas, promovendo a sua aplicação a nível educativo.
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Por terras lusas há vários bons exemplos de dinamização de iniciativas para a utilização das tecnologias nas escolas, ao nível de todo o país e também à dimensão dos agrupamentos escolares, e muitas vezes à micro-escala de salas de aula, onde professores mais dinâmicos conseguem pôr em prática metodologias revolucionárias, quantas vezes com poucos recursos.
Entre iniciativas promovidas por empresas tecnológicas destaca-se o PT Escolas, que foi lançado em 2005 e que pôs as escolas portuguesas a concorrer para ter uma Escola do Futuro. Ao longo de duas edições o projeto envolveu mais de 2 mil equipas e permitiu equipar 11 escolas com equipamentos, plataformas e formação que permitisse melhorar a utilização das tecnologias da informação em sala de aula.
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Estes são, como tínhamos prometido, alguns dos projetos de tecnológicas na educação. A caixa de comentários abaixo está à disposição dos leitores para lembrar outras iniciativas relevantes nesta área.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Nota da Redação: Este artigo foi originalmente publicado em Março deste ano.
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