Segundo a empresa, os Trojan-SMS e Trojan-Bancário são os tipos de ataques mais frequentes, mas mais de 57% dos incidentes registados no último ano estavam relacionados com o envio de mensagens curtas para números de tarifação especial sem o conhecimento dos utilizadores.

O número de ataques registados está a crescer exponencialmente e a análise da Kaspersky Lab e da Interpol sobre Ciberameaças móveis revela que o número de utilizadores de sistemas operativos Android ameaçados por malware é seis vezes maior do que o registado no ano anterior.

Os ataques são dirigidos principalmente a , maioritariamente, contra utilizadores da Rússia, embora a Ucrânia, Espanha, Reino Unido, Vietname, Malásia, Alemanha, India e França também constem da lista dos países mais atacados. Só na Rússia foram registados 64,42% de todos os ataques que recorrem aos Trojans-SMS.

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Um dos tipos de ameaças identificadas pelo estudo combina os Trojan-Bancário com os Trojans-SMS, conseguindo roubar dados de cartões bancários, assim como nomes de utilizador e passwords de serviços de banca online.

Também aqui a Rússi está em destaque, com 90,58% de todas as deteções do Trojan-Bancário a serem registadas no território.

A análise recorre aos dados obtidos pela aplicação da Kaspersky e revela também uma tendência de crescimento das variantes de malware móvel, com quase 6 mil variantes identificadas no último ano, o que representa um crescimento significativo face às 423 amostras registadas no mesmo período de 2013.

"Durante os últimos anos, temos testemunhado um incremento considerável no número de ciberameaças móveis, que também se têm tornado cada vez mais complexas e suficientemente inteligentes para atingir entidades específicas. Com o mercado móvel a crescer exponencialmente, torna-se cada vez mais claro que estas ameaças estão a mutar-se para passar a incluir novos vetores de ataque que lhes permitam explorar os dispositivos pessoais", explica Madan Oberoi, diretor de ciberinovação e divulgação no Complexo Mundial da Interpol para a inovação.

Roman Unuchek, analista sénior de vírus da Kaspersky Lab, avisa que uma infeção bem-sucedida com um Trojan-Bancário pode dar acesso ao cibercriminoso a todo o dinheiro da sua vítima, enquanto um Trojan-SMS necessita de infetar dezenas ou mesmo centenas de dispositivos para conseguir um lucro que valha a pena o trabalho, dai a diferença no número de ataques.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico