Utilizar dispositivos próprios no trabalho e usar dispositivos do trabalho na vida privada são práticas cada vez mais comuns. O crescimento dos smartphones e a ‘explosão’ dos ecossistemas de aplicações móveis vieram ‘normalizar’ ainda mais este cenário. E o que pode ser visto como flexível e positivo por uns, é visto como potencialmente perigoso por outros

A empresa de segurança Sophos fez um estudo onde concluiu que das mil aplicações móveis mais populares, 600 apresentam problemas de segurança. Para o diretor de investigação da Sophos, James Lyne, isto é prova de que o processo de desenvolvimento não é o melhor.

“As práticas de programação são muito más apesar de existirem funcionalidades de segurança prontas e disponíveis para os consumidores, mas elas simplesmente não estão a ser usadas”, explicou o executivo à publicação ComputerWeekly.

A investigação feita tenta fazer uma comparação entre os níveis de segurança das aplicações mobile e dos programas que existem para ambiente desktop. “Não é surpresa que os dois mundos não estejam alinhados, mas é chocante como tantas aplicações, incluindo de grandes marcas, estão a falhar no uso de funcionalidades de segurança disponíveis nos dispositivos móveis”, atacou James Lyne, sem nunca citar exemplos.

O especialista da Sophos louvou, por exemplo, os esforços que a Google tem feito no Android e que têm de facto trazido melhorias de segurança.

Também não teve problemas em apontar o Twitter como uma das aplicações de um universo apenas de 3% que cumprem boas normas de segurança, como autenticação em dois passos. Mas além deste grupo, refere, há depois um enorme desnível.

No final as empresas são as mais prejudicadas pois acabam por ser expostas - ainda que do lado dos utilizadores não haja esta perceção.