No caminho das aplicações desta semana, começámos com uma aplicação de mensagens online, passámos por um jogo com mão portuguesa e fomos até às aplicações que recompensam os bons condutores e castigam os maus ciclistas, sem esquecer uma que pode usar para testar como é que o seu operador de rede trata as suas aplicações.
A moda e os objetos de decoração de diferentes marcas e com descontos também tiveram lugar nas sugestões que escolhemos para si. Além das que já estão disponíveis, saiba que perto do final do ano vai ter uma aplicação que o vai ajudar a pagar menos de conta de luz.
Estas estrelas saltam nas nuvens e muito. E a ideia é portuguesa
Jumpin' Stars é um colorido jogo de Arcada "made in Portugal" pelas mãos da digitalMUTANT. O objetivo é levar as estrelas protagonistas o mais longe possível, acumulando metros e pontos. Fácil. Ou talvez nem tanto.
Parecer fácil parece, mas vai ter “que lhe apanhar o jeito” até conseguir dominar estas estrelas que tomam balanço entre nuvens e outros artefactos, levando-as o mais longe possível para passar os níveis propostos.
É resumidamente assim Jumpin' Stars, o mais recente título de um conjunto de vários que Bruno Correia, da digitalMUTANT, tem vindo a desenvolver desde 2012.
É na essência um jogo de Arcada/Casual, “com grafismo e mood colorido e efeitos sonoros agradáveis”, descreve o programador. O tema foi inspirado noutro título, por si lançado anteriormente, o Flappy Star. “Quanto à jogabilidade, esta tem alguns aspectos de outros Infinite Runners/Jumpers do mercado e também com alguns elementos que fazem lembrar o Arkanoid/Breakout”.
O objetivo é o jogador chegar o mais alto possível, com uma das suas estrelas, superando desafios, tipo breakout ou pinball, destruindo pequenos blocos, e apanhando moedas ou outros itens que permitem desbloquear outras personagens e equipamentos, que por sua vez aumentam o poder dos saltos.
Jumpin' Stars é gratuito e como habitual nos dias que correm, com compras in-app e anúncios associados a cada um dos momentos principais do jogo - perder ou passar de nível -, obrigatórios de ver apenas durante os primeiros segundos. Há mais publicidade que os utilizadores podem visualizar, opcionalmente, para ganharem recompensas – como a possibilidade de continuar no nível em que estavam ou somar moedas.
“Existe sempre o receio de perder utilizadores [com os anúncios], mas este tem vindo a ser um dos métodos favoritos de publicidade, tanto para os programadores como para os utilizadores, por ser opcional e não tanto invasivo”, considera Bruno Correia.
Jumpin’ Stars foi muito recentemente lançado, estando apenas disponível para dispositivos Android.
Telegram X: versão mais leve e rápida que a original traz uma série de novos recursos
A aplicação foi escrita a partir do zero, com uma base de código inteiramente nova, e quer assumir-se como a aplicação mais rápida do mundo no segmento dos serviços de mensagens online.
Depois da Telegram e da Telegram X terem sido retiradas temporariamente (e sem explicação clara) da App Store, as aplicações estão novamente disponíveis para iOS e Android.
E, apesar da semelhança entre as duas apps, a Telegram X traz novas funções que incluem um esquema de visualização em pop-up das conversas, modo noturno e ajuste do tamanho dos textos.
O Telegram X também suporta um modo limpo e sem “bolhas” de chat, onde as mensagens e as fotografias ganham mais espaço para respirar e assumem toda a largura do ecrã.
Mais simples de usar, exibe animações de uma forma mais suave e rápida e, na versão para iOS, a aplicação foi totalmente desenvolvida em Swift, o que a torna mais leve e mais eficiente em termos de autonomia do que a Telegram.
De acordo com os seus criadores, a aplicação foi criada com base no Challegram que foi comprado pelo Telegram e funciona com base na biblioteca de código aberto TDLib (Telegram Database Library).
Nova app portuguesa promove descontos em várias marcas todo o ano
Depois do site, a loja de ecommerce Clube Fashion ganha agora uma aplicação dedicada, disponível para dispositivos iOS e Android.
Desenvolvida pela tecnológica portuguesa Carbon, a nova app do Clube Fashion permite fazer no smartphone e do tablet aquilo que é possível na loja online: comprar artigos de moda, acessorios, cosmétida ou decoração de diferentes marcas, com descontos.
A autenticação faz-se através de email ou da conta do Facebook, sendo depois possível aceder às ofertas da loja online por secções, tipos de produto e através do uso de filtros com outras possibilidades.
O utilizador pode também consultar o respetivo perfil criado na loja, aceder aos dados pessoais, aos créditos, ao histórico de encomendas, às mensagens e contactos e personalizar as notificações.
A nova app do Club Fashion está disponível para dispositivos iOS e Android.
É bom condutor? Tire teimas com esta nova app e até pode ganhar combustível de graça
Chama-se Hit the Road e assenta no conceito de gamification para avaliar como é que os utilizadores se comportam ao volante de um automóvel, premiando os melhores condutores.
Enquanto os carros autónomos não chegam, os humanos ainda têm tempo para dar provas daquilo que valem ao volante. Assim parece pensar a Liberty Seguros, que acaba de lançar a aplicação Hit the Road.
Diferentemente das aplicações que assentam num sistema de recompensa relacionado com o seguro automóvel, a nova app foi desenvolvida com base no conceito de gamification, ou seja, é como se de um jogo se tratasse.
Depois do consentimento expresso dos utilizadores, a app serve-se dos sensores do telemóvel para recolher informação sobre a sua condução, registando critérios como a velocidade de circulação, a força com que trava ou curva e o número de quilómetros que faz, entre outros.
Com base nos dados recolhidos através dos sensores, a aplicação calcula uma pontuação de zero a 100 para atribuir a cada viagem. Depois faz a média da pontuação de todas as viagens para calcular a pontuação geral do condutor, que aparece no ecrã principal da aplicação.
Num formato de gamification, a Hit the Road tem incorporados três tipos de desafios. Em todos é preciso cumprir um mínimo de viagens e um mínimo de quilómetros. O maior dos desafios é o individual, em que condutor vai aprendendo a conquistar melhores avaliações, que correspondem a estilos de condução mais seguros.
Mas a vertente de gaming não se fica por aí, incentivando os utilizadores a tentarem bater os resultados dos seus amigos ou candidatarem-se a prémios em equipa, participando em desafios que a Liberty Seguros irá lançar ao longo dos próximos meses. Neste arranque, está em jogo um prémio de 400 euros em combustível BP.
“Esta nova app é apenas um exemplo do que consideramos ser uma estratégia que permite ganhos num duplo sentido: não apenas incorpora uma componente “fun” e que incentiva à sua utilização, como, pelo conhecimento que recolhe do condutor, sugere-lhe comportamentos que melhorem, neste caso, a sua condução”, referiu Rodrigo Esteves, diretor de marketing da Liberty Seguros, em declarações ao SAPO TEK.
A evolução para um conceito de produto “pay as you drive” não está fora de questão, mas em sintonia com algumas outras seguradoras que estão no mercado português, o responsável considera que ainda é precoce passar a essa fase.
A aplicação Hit the Road está disponível para as plataformas iOS e Android.
Todas as aplicações são tratadas de forma igual pelo seu operador móvel?
Com o fim da neutralidade da Internet nos Estados Unidos, aumenta a preocupação com a diferenciação de tráfego entre aplicações. Agora uma app faz os testes para verificar tudo.
Netflix, Skype, YouTube, Vime ou Spotify. Alguma destas aplicações está a ser limitada (ou privilegiada) pelo seu operador de rede?
O método de bloquear o tráfego, ou de lhe dar privilégio, dentro de uma rede móvel é contra o princípio da neutralidade da internet. Mas pode tornar-se uma regra comum se os operadores decidirem aplicar as novas regras definidas nos Estados Unidos. E isso pode "contagiar" outras regiões.
Vários serviços foram lançados para ajudar os consumidores a controlarem a forma como os seus ISP (fornecedores de acesso à internet) estão a gerir o tráfego para alguns dos principais serviços, e a Wehe é uma das proposta mais simples e completas.
A app foi criada por investigadores das universidades de Northeastern, de Massachusetts, Amherst e Stony Brook e consegue fazer testes quase reais de tráfego das aplicações, substituindo alguma informação que impede o ISP de classificar o tráfico. A ideia é que desta forma o tráfego aleatório não vai ser sujeito a shaping, ao contrário do original. Os testes são repetidos por várias vezes para excluir "ruído" de más condições de rede, apurando se há realmente manipulação.
Não é preciso ser especialista para usar a Wehe. Depois de instalada é apresentada uma lista de aplicações e pode testá-las individualmente ou em grupo. Depois dos replays pode ver se foi identificada alguma diferenciação.
Com o tempo vai acumular resultados na tab de histórico. Online pode ter uma visão mais completa recolhida da experiência dos milhares de utilizadores que já instalaram a aplicação.
A Wehe está disponível gratuitamente na Play Store da Google e na App Store da Apple.
oBike já está em Lisboa com 350 bicicletas prontas para serem partilhadas
A startup de Singapura vem concorrer com as bicicletas municipais Gira. O serviço custa 50 cêntimos por 30 minutos e usa um sistema de créditos para penalizar os maus ciclistas.
No novo serviço de bicicletas partilhadas não existem estações fixas, não há mudanças nem qualquer exemplar eléctrico e estarão colocadas principalmente na zona ribeirinha da cidade, entre Belém e Santa Apolónia.
Quando terminar a sua viagem, pode estacioná-la noutras zonas da cidade, sempre num estacionamento legal para bicicleta e, através da aplicação disponível para sistemas iOS e Android, consegue saber a zona de serviço destas bicicletas.
Para usar o serviço, reserva uma bicicleta através da app, gratuitamente e durante 10 minutos, e depois é só utilizar o código QR que se encontra na roda traseira para desbloquear a bicicleta. Terminada a viagem, pode deixá-la onde quiser, sendo o pagamento feito através de cartão de crédito.
O custo da viagem vai depender dos pontos que cada utilizador tem na sua conta. Começando com 100 pontos, estes vão sendo ganhos ou perdidos consoante o comportamento do ciclista. Um mau estacionamento ou não bloquear a bicicleta podem valer uma penalização de 20 pontos, se perder o velocípede fica com a conta a zeros.
Assim, se tiver pelo menos 80 pontos, vai pagar 50 cêntimos por uma viagem de 30 minutos, com menos de 80 pontos, o custo será de cinco euros.
A startup vai ter uma fase de testes na capital que vai durar entre três a seis meses. Depois disso, a empresa vai avaliar a expansão para outras cidades e a introdução de bicicletas com assistência elétrica.
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