Em 2015 estreou a série Mr. Robot que segue a história de Elliott Alderson, um engenheiro informático que faz parte do grupo de hackers FSociety. O programa ganhou a atenção da comunidade tecnológica, principalmente porque os seus hacks eram reais, ou seja, podiam ser feitos na vida real, uma vez que o código era verdadeiro, e não apenas uma invenção para encher um programa de televisão.

Um dos seus consultores dá pelo nome de Andre McGregor. Atualmente, é diretor de segurança da Tanium, sendo responsável pela cibersegurança da empresa. Antes, foi agente especial do FBI e formou o primeiro esquadrão de cibersegurança focado em intrusões da China. Nos seus tempos livres, foi consultor técnico da conhecida série.

Durante a SINFO, a Semana Informática do Instituto Superior Técnico, McGregor falou não só dos hacks de Mr. Robot, mas também dos diferentes tipos de hackers. Sobre a primeira temporada, McGregor explicou que a melhor forma de os utilizadores se protegerem dos vários hacks em destaque passa por aquilo que, na verdade, já sabemos: ter passwords complicadas e comparar o tamanho dos ficheiros.

Num desses hacks, Elliott entra na conta da outra personagem da série depois de utilizar um software para descobrir passwords com palavras do dicionário. A melhor forma será utilizar palavras-passe que não formem palavras e autenticação de vários factores. Num outro hack, Elliott esconde dados encriptados; a melhor maneira de descobrir se um ficheiro tem dados encriptados é comparando o tamanho do ficheiro recebido com o tamanho do ficheiro em si.

Já sobre a segunda temporada de Mr. Robot, o antigo agente do FBI explicou que, na grande maioria dos hacks, a melhor maneira de os utilizadores se protegerem era atualizando os seus dispositivos. Na série, todos os smartphones e programas hackeados seriam antigos, com vulnerabilidades conhecidas há mais de um ano, mas que os utilizadores desses dispositivos não teriam atualizado, tal como acontece com a maioria das pessoas na “vida real”.

As várias ameaças de hackers não falharam no tema da conversa. Um dos mais curiosos será a espionagem que acontece entre países e onde os estados “conduzem intrusões a computadores para roubar segredos de estado e/ou informação proprietária de empresas privadas”. Diz McGregor que todos os países estão a espiar outros, incluindo Portugal. Sem alongar muito a questão portuguesa, o diretor de segurança explicou que os Estados Unidos trabalham muito bem com os países da NATO, da qual Portugal faz parte, para além do Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

 

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