Os taxistas aproveitaram a conferência de Mayors que se realiza na cidade para fazer um protesto contra as condições desiguais dos dois negócios. Queixam-se que a Uber não está sujeita às mesmas regras que táxis e que isso se traduz numa margem de receita muito maior para quem presta serviços através da empresa.

Lá como cá as diferenças relacionam-se sobretudo com licenças e seguros exigidos aos taxistas e não impostos, nas mesmas condições aos motoristas que transportam pessoas porque estão ligados à aplicação móvel da Uber.

O protesto realizado em São Francisco, à porta da sede da empresa, juntou cerca de duas centenas de queixosos, segundo a Cnet, mas não é claro que tenha produzido algum resultado, até porque a conferência de mayors, o equivalente a presidente da câmara no sistema português, é patrocinada pela Uber.

Isso não significa que todas as cidades estejam ao lado deste tipo de serviços, mas é pelo menos indicativo de algum nível de aceitação deste novo conceito de transporte privado.

Pela conferência que está a motivar o protesto também vão passar Barack Obama e Hillary Clinton. Entre os mayors presentes está o de Boston, que recentemente foi notícia por ter enviado uma carta à Uber a pedir-lhe que avisasse os motoristas ao seu serviço da necessidade de tirarem as licenças municipais se quisessem continuar a prestar serviços na cidade.

Como patrocinadora do evento a Uber, que nos Estados Unidos existe desde 2009, oferece aos participantes na conferência uma visita ao seu quartel-general, uma presença que os manifestantes quiseram aproveitar.

Em Portugal a Uber também trava um braço de ferro com o setor, que conseguiu ganhar a primeira batalha. Da queixa apresentada à justiça resultou uma ordem para bloquear o acesso aos serviços da empresa que em parte já foi cumprido.