Publiquei há quatro horas o meu primeiro voice - o nome dado às publicações feitas no PaxVoice. Entretanto recebi seis respostas, o que é um bom feedback tendo em conta que sou um recém-chegado e não conheço as pessoas que usam a plataforma.

[caption][/caption]

Mas fiquei a saber mais: todos os que responderam à minha pergunta têm idades compreendidas entre os 36 e 50 anos, são todos homens e são todos portugueses. E estas métricas são o grande valor diferenciador do PaxVoice, um serviço que está a ser desenvolvido com a ajuda da Compta.

Mais: estes são dados em tempo real e de comunicados de forma simples, o que torna fácil perceber quem são e o que pensam os que estão a interagir connosco.

Pense no PaxVoice como uma mistura do Twitter, com Tinder e com a Uber: é uma rede dedicada às micropublicações, que pede uma opinião favorável ou contra da audiência e funciona como um grande mercado de estatísticas que pode servir de ‘boleia’ para pessoas ou empresas.

É também um barómetro sobre os assuntos do momento e sobre a respetiva opinião das pessoas - por isso é que o grande lançamento do PaxVoice vai ser feito na próxima segunda-feira, 11 de janeiro, no programa Prós e Contras da RTP 1.

O diretor de marketing e inovação da Compta, Luís Curvelo, fala no PaxVoice como o resultado de uma “tempestade perfeita”. “A equipa mostrou muito valor e parece-nos que é uma aplicação que se diferencia de outras redes sociais”, explicou em conversa com o TeK.

A aplicação foi desenvolvida por João Valentim, Rodrigo Silva e Tarcísio Pontes, elementos que recorreram à plataforma de apoio ao empreendedorismo da Compta, a Lusideias. O conceito chamou de imediato a atenção da tecnológica portuguesa: “Nas redes sociais há muita discussão, mas se quiser tirar uma elação é mais difícil”, justificou Luís Curvelo.

Se ‘dar voz ao povo’ é o grande mantra deste projeto, monetizar o conceito também é um objetivo. As empresas interessadas podem subscrever perfis ‘corporate’ que têm a vantagem inegável de garantirem que todas as publicações feitas são vistas por todos os utilizadores.

Mas não só. “Para um programa de televisão é possível começá-lo cinco dias antes de ele acontecer, promove as interações com os utilizadores e alarga-se após a emissão. É uma forma de estar sem complicações e fidelizar a audiência”, explicou o responsável da Compta.

Depois da estreia na próxima semana a expectativa é que nas três semanas seguintes o serviço consiga atrair a atenção de cinco mil utilizadores.

A médio e longo prazo o objetivo passa pela internacionalização, sobretudo para os grandes mercados como Reino Unido e EUA.

Rui da Rocha Ferreira