Um grupo de investigadores decidiu aplicar os principios da ciência de dados para tentar perceber a razão pela qual algumas selfies acabavam na morte dos utilizadores, e procurar a existência de um padrão para definir alertas. 

Segundo os dados, em 2014 foram registadas 15 mortes de pessoas enquanto captavam uma selfie, mas o número subiu para as 39 em 2015 e só nos primeiros oito meses deste ano já morreram 73 por causas associadas à catura de fotografias. O número é maior do que o das mortes por ataque de tubarões.

O estudo "Me, Myself and My Killfie: Characterizing and Preventing Selfie Deaths" já foi publicado e parte da informação recolhida de milhares de fontes de notícias sobre morte de pessoas enquanto estavam a captar fotografias, juntando mais dados num algoritmo com um sistema que pretende fazer com que os utilizadores estejam mais conscientes dos riscos, usando uma combinação de texto, análise de imagem e localização para definir o perigo de cada Selfie. O método foi aplicado a 3.155 selfies recolhidas no Twitter e os investigadores garantem ter 73% de fiabilidade e o código foi disponibilizado num site.

O primeiro registo de morte devido a uma selfie foi recolhido pela equipa com data de 2014, mas a base de dados que entretanto construíram mostra alguns factos que estabelecem um patrão: a maioria das 124 mortes registadas desde essa data ocorreram na Índia (um total de 76), seguindo-se 9 mortes no Paquistão, 8 nos Estados Unidos e 6 na Rússia. A causa mais comum de morte foi a queda de uma altura significativa, já que muitas pessoas se penduram para conseguir o melhor efeito, ou sobem a edifícios altos. Mas um número relevante está relacionado com água, sobretudo com os saltos para o mar. No caso da Índia há também uma relevância considerável de mortes com comboios.

Muitos sites dedicaram-se a colecionar alguns exemplos de selfies mais perigosas e deixamos vários "espécimes" na galeria abaixo, mesmo que algumas possam ter sido manipuladas digitalmente.