Há alguns meses os responsáveis da Huawei já tinham adiantado que o sistema operativo móvel Windows não era rentável, mas apesar do lançamento do Windows 10 previsto para este verão, um regresso continua fora da estratégia da empresa.

À margem do lançamento de ontem do Ascend P8, Richard Ren, presidente da área de equipamentos da Huawei para a Europa Ocidental confirmou ao TeK que não há planos para novos equipamentos da marca com este sistema operativo.

“Na área dos OS e chipset a Huawei sempre escolheu o mais forte. E hoje quando olhamos para o market share vemos que o Android domina e que o Windows é um mercado de nicho”, justifica Richard Ren em entrevista ao TeK. Mesmo o lançamento do Windows 10 não trará mudanças, acredita o responsável pelo mercado europeu, que afirma ser já tarde. “O tempo passou para eles. Era o mesmo que tentar lançar outra rede social agora”.

Em termos de mercado a Huawei tem um posicionamento muito agressivo e quer estar nos próximos três anos no top 3 do mercado europeu, não só no volume mas também no valor e por isso a empresa prepara-se para lançar mais produtos premium. Richard Ren garante que no sul da europa, em países como Espanha ou Itália, a quota de mercado da Huawei já ronda os 9 a 10% e que estes números vão ser consolidados ainda este ano.

A Huawei está a apostar em três linhas de produtos, com lançamentos espaçados no tempo: o P para premium, o Mate que faz a ponte entre os phablets e os smartphones, e a série G, onde a marca quer ganhar no volume mas com equipamentos de qualidade e bom design.

Para já também a aposta em ecrãs curvos – que estão a ser a grande sensação com o Galaxy edge da Samsung – está também afastada dos planos da empresa. “Estamos a apostar no full metal no qual os clientes têm mostrado muito interesse […] Não sabemos se o mercado vai aceitar bem os ecrãs curvos. Se os clientes não encontrarem uma aplicação que faça sentido é só uma funcionalidade que custa mais 200 euros”, explica Richard Ren.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico