Quando o Samsung Galaxy Gear foi apresentado deparou-se com críticas de que o conceito até é interessante mas está mal executado. Um dos factores que contribui para essa análise é o tempo limitado de bateria que o relógio garante - o que não está de acordo com os padrões dos relógios tradicionais.

Segundo as informações apuradas pelo The New York Times, a Apple parece querer resolver esse problema através do desenvolvimento de várias tecnologias de carregamento. A primeira e mais provável a marcar presença no alegado primeiro relógio inteligente da marca da maçã será o carregamento por indução magnética.

A tecnologia não é nova e ficou "mainstream" nos últimos tempos através da adoção do sistema por alguns telemóveis topo de gama, como o Lumia 920. O chamado carregamento wireless usa uma placa para criar uma corrente elétrica que por sua vez gera um campo magnético, que depois é convertido em energia por alguns recetores que existem no dispositivo que precisa de ser carregado.

Mas a Apple também já estará a experimentar novas tecnologias que só vão atingir o mercado de consumo dentro de alguns anos e em modelos futuros do dito smartwatch. Um deles está relacionado com carregamento solar, usando o ecrã do relógio uma película que permite gerar energia através da luz natural. Escreve o NYT que no final de 2013 a tecnológica norte-americana estava à procura de engenheiros especialistas na área da energia solar.

Outro método de carregamento em alegado desenvolvido é um baseado em energia cinética, isto é, energia dos movimentos. Cada vez que o braço do utilizador é movido, gera-se uma pequena carga para o relógio.

A reportagem do jornal norte-americano aborda de forma mais ampla o problema das baterias como uma das limitações atuais da evolução dos dispositivos móveis. A publicação falou com Tony Fadell, "pai" do iPod e atual diretor executivo da Nest, empresa da Google. O ex-Apple admitiu que a empresa já experimentou noutras ocasiões os carregamentos por energia solar, mas que o conceito não é vencedor pois um telemóvel, por exemplo, passa mais tempo no bolso do que ao ar livre. Tony Fadell também considera que a evolução dos sistemas de carregamento e da autonomia das baterias faz-se de forma mais lenta do que outros segmentos - como o dos processadores.


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