A Apple esteve debaixo de fogo à conta dos meios de comunicação chineses que consideraram a tecnológica norte-americana como "arrogante" e "gananciosa", por causa de uma alegada diferenciação entre o apoio ao cliente que é prestado na China e no resto do mundo. O diretor executivo da marca da maçã, Tim Cook, fez um pedido de desculpas a todos os utilizadores chineses na página oficial da empresa.

Em causa esteve a política de garantia que cobre o iPhone 4 e 4S - nos EUA estes telemóveis quando apresentam problemas são quase sempre trocados enquanto na China os smartphones iam para reparação durante algumas semanas. Além desta alegada diferença de tratamento, supostamente os clientes teriam ainda que pagar cerca de 92 dólares pelo reparo.

Segundo os meios de comunicação norte-americanos, como o Financial Times, alguns consumidores chineses terão questionado os conteúdos das reportagens dos media como o Diário do Povo, o maior jornal chinês e que terá ligações ao Partido Comunista. As acusações que foram feitas em três reportagens escritas e uma televisiva podem ter sido planeadas pelo regime para pressionar a tecnológica norte-americana.

Este tipo de atitude não seria de todo estranha tendo em conta que ontem, o TeK deu conta de informações que diziam que os EUA querem limitar a compra de tecnologia chinesa.

Na carta aberta aos clientes chineses o CEO da Apple refere algumas práticas que vão ser revistas no serviço de pós-venda como tornar mais fácil o contacto com a empresa, aumentar o treino e supervisão dos parceiros de venda e substituir todos os iPhone 4 e 4S em vez de os reparar.

Este pedido de desculpas do CEO da Apple, o segundo num curto espaço de tempo, é visto como um ato necessário para segurar o mercado chinês, crucial para qualquer fabricante de smartphone que procure aumentar a quota de mercado. No último trimestre a China foi responsável por 7 mil milhões de dólares em receitas para a empresa de Cupertino.


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