Os analistas da Kaspersky Lab puseram algumas pulseiras inteligentes à prova e descobriram que, com um simples código do kit de desenvolvimento do Android, é possível aceder a um grande número de pulseiras fitness que existem no mercado.

A maioria das pulseiras de fitness usa a tecnologia Bluetooth LE para se ligar ao smartphone, o que significa que não dispõe de passwords para configuração, já que a maioria destas pulseiras de atividade física não conta com ecrã ou teclado.

O passo seguinte foi criar uma aplicação para procurar braceletes de atividade física de forma automática. Em pouco mais de seis horas já havia uma ligação feita a 54 dispositivos distintos. Em concreto, durante a experiência, o analista da Kaspersky conseguiu ligar-se, sobretudo a dispositivos das marcas Jawbone e FitBit, mas também da Nike, Microsoft, Polar e Quans.

Em alguns casos não foi possível obter os dados das características específicas de cada serviço. Mas fazendo o teste com dispositivos de outras marcas foi possível ler alguns dados descritivos que, segundo os analistas da Kaspersky, podem corresponder aos dados dos utilizadores.

Apesar de no momento não revelarem informação demasiado útil, no futuro, com dispositivos mais sofisticados, é possível que as pulseiras de fitness se tornem um alvo preferencial dos hackers. E este é um "mercado" que tende a crescer.

De acordo com várias empresas de segurança informática, atualmente os dados pessoais dos utilizadores, sobretudo os que estão ligados à saúde e atividade física, já valem mais no mercado negro do que números de cartões de crédito.

Recorde aqui algumas das pulseiras fitness que já estão disponíveis no mercado português:


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