(Atualizada) A Samsung assumiu o risco e tenta colocar a fasquia mais alta do que a concorrência - sobretudo a do iPhone - ao apostar num telemóvel com um conceito diferente. O Galaxy S6 Edge tem um ecrã mais extenso, que vai até aos rebordos laterais do smartphone, e que promete trazer mais alguma informação ao utilizador. Mas para os que não gostam de grandes aventuras, o "tradicional" Galaxy S6 apresenta-se como o equipamento a ter em conta.

Os novos smartphones não vão chegar a Portugal na primeira vaga de lançamento, que acontece a 10 de abril, mas a Samsung Portugal adiantou ao TeK que o mercado português receberá os novos equipamentos pouco tempo depois. Os preços dos equipamentos ainda não foram revelados, mas já é oficial de que o Galaxy S6 Edge vai custar mais do que o outro modelo.

Além das especificações técnicas topo de gama, os dois smartphones destacam-se pelo design renovado e pela aposta nos materiais de construção: tanto o Galaxy S6 como o S6 Edge têm um rebordo de metal e são construídos em vidro, no parte frontal e também na traseira.

"Estes são os telefones mais avançados do mundo, e parecem cool", defendeu JK Shin, CEO e presidente da Samsung Mobile, que garante que o Galaxy S6 e o S6 edge são melhores do que algum produto que a empresa já tenha feito até agora.

O conceito do edge já tinha sido experimentado com o Note Edge, apresentado na IFA mas que nunca chegou a mercados europeus. Agora a empresa está disposta a alargar a ideia e massificá-la.

Para apostar num design e construção mais premium a Samsung viu-se obrigada a deixar de parte algumas características valorizadas por alguns utilizadores: já não há bateria removível, já não são à prova de água e não existe entrada para cartões microSD.

Para compensar este último ponto a tecnológica aposta em capacidades de armazenamento que variam entre os 32, 64 e 128GB.

Ecrã de 5,1 polegadas com uma resolução de 2.560x1.440 píxeis, processador Exynos de oito núcleos, 3GB de RAM, sensor fotográfico de 16 megapíxeis com estabilizador ótico de imagem e um novo leitor de impressões digitais são outras características em destaque nos sucessores do Galay S5.

Outra boa notícia vem da bateria: a Samsung garante que só são precisos 10 minutos para uma carga que pode durar 4 horas. E que uma carga completa leva metade do tempo da que se faze num iPhone. Para além disso há a aposta clara no carregamento wireless, agora que a tecnologia está mais madura.

E se por si só estas especificações já deviam criar um smartphone rápido, a Samsung foi um pouco mais longe dando um passo atrás - decidiu reduzir em 40%, de acordo com a empresa, o número de funcionalidades e "truques" de software nos novos terminais quando em comparação com o modelo anterior.

Um parágrafo também para salientar que além da Samsung, também a Microsoft ganha com estes dois novos smartphones: tal como os rumores indicavam - e acertaram em quase todos os aspetos -, os novos Galaxy S6 vão trazer pré-instaladas aplicações da tecnológica responsável pelo Windows.

Mas o destaque dos novos Galaxy S6 não fica por aqui. Na imprensa internacional já começam a surgir "burburinhos" de que a Samsung se inspirou no design do novo iPhone, mas é aqui que entra o S6 Edge: o equipamento, pelo ecrã diferenciador, acaba por tornar-se num smartphone de características e aspeto único no mercado.

A guerra de palavras e argumentos sobre qual o melhor smartphone do mercado acaba de receber dois novos convidados de peso. A disputa segue a grande ritmo no Mobile World Congress, mas o vencedor final é sempre o mesmo: o consumidor.

Nota de redação: Notícia revista e atualizada, também para acrescentar mais informação da conferência de imprensa em Barcelona e sobre os smartphones. Foram adicionadas fotos.

Veja aqui outras novidades que foram apresentadas no MWC15.

Escrito ao abrigo do novo Acordo
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