Elogiados por uns, criticados por outros. Desde o seu lançamento público que os Google Glass têm sido tema para muitas conversas em relação às suas funcionalidades e ataque à privacidade, razões que poderão estar na base da decisão anunciada esta sexta-feira pela Google, que irá retirar o produto do mercado para futuros desenvolvimentos.



Em abril de 2014, a Google permitiu a qualquer pessoa a entrada no Explorer Program dos Google Glass, mediante o pagamento de cerca de 1300 euros. Contudo, uma publicação da gigante dos motores de busca no Google+ dá conta do fim desse programa já no próximo dia 19, mas com a promessa de um regresso, sem data definida.



“Ainda temos algum trabalho para fazer, mas chegou a altura de calçar os sapatos e aprender a correr”, diz o comunicado. “Como parte desta transição, iremos encerrar o Explorer Program para podermos estar mais concentrados no que estará para vir”, pode ler-se ainda na mensagem partilhada.



A partir da próxima segunda-feira, os Google Glass apenas poderão ser adquiridos por programadores avaliados pela Google. Segundo fontes do Wall Street Journal, o projeto vai ser retirado do Google X - o laboratório de investigações - e entregue a Tony Fadell. O engenheiro foi um dos criadores do iPod, passou pela Philips e é o atual líder da Nest, empresa comprada pela Google em 2014 por um valor de 3,2 mil milhões de dólares.



Aquele que era um dos wearables mais conhecidos do mercado vai assim passar por uma nova fase de avaliação e ainda sem data prevista para o seu regresso. No início de dezembro de 2012, a Google registou uma série de patentes que poderão indicar um novo design do produto - quem sabe com "Intel inside" -, como pode conferir na seguinte galeria.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico