(atualizada) A ambição de chegar aos primeiros lugares da tabela de vendas nos smartphones é clara na Huawei, que mais uma vez mostrou quem são os principais concorrentes que tem em mente quando desenha novos produtos.

A abrir a conferência em Berlim, ainda antes do início da IFA 2014, Richard Yu, presidente da área de consumo da Huawei, traçou as metas para este ano: atingir os 80 milhões de unidades em vendas, um valor que representa um grande crescimento depois dos 52 milhões vendidos no ano passado. Os números são sustentados pelos resultados do primeiro semestre, em que a Huawei atingiu a terceira posição no mercado, com uma quota de 6,9% a nível mundial.

Para a IFA a Huawei trouxe um pacote de três modelos, com uma renovação do Ascend P7 com o Sapphire edition, que é mais resistente aos riscos como mostrou Richard Yu com uma faca providencialmente fornecida pela audiência. Mas este modelo só estará à venda na China.

O Mate7 é o novo phablet da marca depois do lançamento do Ascend P7 em maio, usando muita da tecnologia que já tinha sido colocada no smartphone de topo de gama, mas estreando um novo interface, o EMUI 3.0. Este traz mudanças no interface e gestão de funcionalidades no Android, quer no acesso às aplicações quer na possibilidade de gerir a poupança de bateria.

Com um ecrã de 6 polegadas, o Mate7 consegue ser fino e leve, com 7,9 mm de espessura, um ganho permitido pelo corpo em alumínio que lhe traz também um toque de elegância. Richard Yu garante que este tipo de dispositivo já substitui o laptop, ou o tablet, e que esta é a tendência, porque os consumidores querem ecrãs de maior dimensão para ver vídeos e fotografias.

Por dentro há também mudanças, com um chipset que permite ser o primeiro octa-core+1, o que corresponde a nove cores, combinados no processador Huawei Kirin 925 que balanceia o desempenho e o consumo.

A segurança foi também reforçada com o sensor de impressão digital, que a Huawei garante ser o mais rápido e eficiente do mercado, ultrapassando o iPhone e o S5 da Samsung que recorrem a tecnologias de autenticação em dois passos.

A rapidez da ligação à rede é também uma das novidades do equipamento, que integra conetividade LTE Cat6 com velocidades até 300 Mbps, o que permite fazer downloads de filmes em 30 segundos nas redes onde a tecnologia já está disponível.

O terceiro 7 da gama de produtos apresentados foi o Ascend G7, mais um phablet que segue o conceito de produtos premium acessíveis que a Huawei tem apresentado nesta linha de smartphones.

Com um ecrã de 5,5 polegadas, o G7 também tem um chassi de uma liga de alumínio e um design arredondado que lhe confere maior usabilidade apesar do tamanho. A redução da moldura à volta do ecrã consegue diminuir o tamanho total do dispositivo e a engenharia faz o resto para uma espessura de apenas 7,6 mm.

Neste modelo apersonalização é uma das palavras chave, a par das selfies, e por isso há 30 temas de personalização para o ecrã e mais de 2000 para substituir a imagem de bloqueio.

A câmara de 13 MP com tecnologia Sony ajuda a captar melhores fotos e não falta a visão panorâmica - horizontal e agora também vertical - para as melhores selfies.

O Mate7 vai chegar às lojas portuguesas no final de outubro, a par de duas dezenas de outros países, e o preço recomendado é de 499 euros ou 599 euros para as versões de 2 GB de RAM + 16GB ou 3 GB de RAM + 32 GB de espaço. É provável que a versão Saphire do Ascend P7 não seja vendida na Europa, assim como a versão Dual SIM do Mate7.

Mantendo a tradição, o Ascend G7 posiciona-se numa gama de preço mais acessível, sendo o preço definido de 299 euros. A data de chegada a Portugal está marcada para outubro.

Se quiser saber como é a IFA "por dentro", veja a próxima página onde pode encontrar uma fotogaleria com imagens de alguns stands das marcas que por lá marcam presença. Veja também um resumo daquelas que têm sido as novidades de uma das maiores feiras de tecnologia do mundo.



Fátima Caçador


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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