A Apple fez um pedido de patente onde detalha um sistema de adaptação do iPhone aos ambientes em que o utilizador está. Apesar de a propriedade intelectual ter uma maior ligação à área da segurança, o mesmo sistema pode ser usado para alterar a experiência de utilização do telefone.



Dando um exemplo, sempre que o iPhone sabe que está “em casa”, através da ligação ao Wi-Fi definido como casa, vai passar a exigir menos requisitos de segurança ao utilizador – apenas o código de desbloqueio ou palavra-passe para descarregar aplicações. Num espaço público, por exemplo, seria necessário usar também o leitor de impressões digitais.



Se o utilizador estiver num teatro, e através de dados do GPS e da ligação de dados, o iPhone vai assumir de forma automática um perfil de utilizador em que bloqueia todos os sons do telemóvel. Se a pessoa estiver a conduzir, então o smartphone vai assumir características essenciais à condução, como o serviço de mapas, um botão que faz ligação direta à aplicação de música ou ao 112.



O interface do utilizador pode mesmo mudar consoante as diferentes situações em que o utilizador esteja, de acordo com o Apple Insider.



No Android já existem aplicações que têm funcionalidades semelhantes. Alguns inicializadores vão-se adaptando à evolução do dia: de manhã mostra aplicações de informação, durante o dia mostra aplicações de produtividade e no final do dia mostra aplicações de entretenimento.



O que a Apple tenta fazer é misturar este conceito com a conhecida aplicação If This Then That – que assume ações automáticas quando é acionado um “gatilho”. E por gatilho aqui entende-se uma rede Wi-Fi, uma localização ou proximidade com outros smartphones. Mas no caso do ecossistema da Apple as funcionalidades viriam integradas de forma nativa no sistema operativo e não como uma opção externa.



Se a patente transformar-se em tecnologia “real” as próximas versões do iOS e do iPhone – não necessariamente as que vão ser lançadas em 2014 – pode tornar os dispositivos da Apple mais automáticos e mais contextuais, duas características que vão definir o futuro da tecnologia.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico