A tristeza de uns é a felicidade de outros. Que o digam a Apple, a Microsoft, a Sony e a LG, as empresas que mais ganharam com a quebra sentida pela rival Samsung no mercado dos smartphones. Apesar de ainda ser a maior vendedora na Europa Ocidental, em apenas um ano a tecnológica asiática perdeu sete pontos percentuais de quota de mercado.

No total a Samsung vendeu no ano passado 51 milhões de smartphones, quando em 2013 tinha vendido mais de 58 milhões de unidades. A quota de mercado encolheu de 42,6% para 35%. Esta é apenas mais uma confirmação de que a estratégia da Samsung já não está a resultar tão bem quanto resultou, mas há outro motivo que explica a quebra.

De acordo com o mais recente relatório da IDC, o mercado de telemóveis - básicos e inteligentes - na Europa Ocidental já atingiu um ponto de saturação. Atualmente sete em cada dez utilizadores já têm um smartphone e o mercado está a ficar cada vez mais definido: telemóveis básicos compram-se cada vez menos e só há três sistemas operativos relevantes, com o Android a liderar as preferências.

Mas de todas as empresas aquela que parece ter aproveitado de melhor forma a quebra da Samsung foi a Apple que, apoiada no lançamento dos novos iPhone, recuperou terreno na Europa. As vendas da tecnológica de Cupertino aumentaram em quatro milhões de unidades entre 2013 e 2014 e por consequência a quota de mercado também subiu.

O quadro da IDC mostra ainda que a Microsoft fica com a quarta posição, atrás da Sony, aumentando também em quase três milhões de unidades as vendas de equipamentos Windows Phone.

O comunicado da empresa de análise revela ainda que 145,8 milhões de smartphones foram vendidos ao longo de 2014, o que representa um crescimento superior a 6% relativamente ao ano anterior. O mercado de telemóveis inteligentes valeu 54,8 mil milhões de euros só no ano passado.

Mas tendo em conta a venda total de telemóveis - nos quais também se incluem os modelos básicos -, então aí já se assistiu a uma quebra anual na ordem dos 5%, o que revela o cenário de saturação que se vive atualmente.


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