As maiores expectativas relativamente ao resultados do segundo trimestre do ano da Apple estavam viradas para o Apple Watch. Mas a marca da maçã, como esperado, não divulgou números concretos. Algo que, em conjunto com as ambições dos analistas difíceis de satisfazer, fizeram com que as ações da empresa descessem mais de 7%.

Dos 49,6 mil milhões de dólares em receitas, dos 10,7 mil milhões de dólares em lucro, dos 47,5 milhões de iPhone vendidos, dos 10,9 milhões de iPad e 4,8 milhões de Mac comercializados, a maior pergunta é: quantos Apple Watch foram vendidos?

O diretor executivo da tecnológica de Cupertino, Tim Cook, foi muito concreto na resposta dada aos investidores e analistas: “Tomámos a decisão em setembro passado de não revelar as unidades expedidas do relógio. Não se trata de não ser transparente. Trata-se de não dar à nossa concorrência uma instrospeção de um produto no qual trabalhamos arduamente”, disse citado pela BBC.

As vendas do Apple Watch estão integradas na mesma categoria que contabiliza as vendas de hardware dos dispositivos mais “discretos” da empresa, como o iPod, Apple TV e auscultadores Beats.

O único elemento que é certo neste momento é que o Apple Watch sozinho gerou receitas superiores a mil milhões de dólares. Sabe-se ainda que o Apple Watch está a ter um desempenho comercial superior ao do iPhone e ao do iPad original durante igual período de tempo. E o CEO da Apple disse ainda que junho foi o melhor mês do wearable, contrariando os relatos de que as vendas estavam em declínio.

Mas nem estes dados ajudam a ter uma ideia clara sobre as vendas do relógio inteligente. Isto porque no caso da categoria “outros” da Apple, apesar do crescimento de 56% registado em comparação com igual período do ano passado, as vendas do iPod estão em quebra, por exemplo.

A BBC escreve que o palpite mais comum entre os analistas é de que o Apple Watch terá vendido entre 2,5 e 3 milhões de unidades.