Anualmente, regista-se em Portugal uma perda de mil milhões de euros devido à contrafacção em 13 setores económicos fundamentais, de acordo com um estudo do Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO).
Nos últimos cinco anos, o EUIPO tem monitorizado o custo económico da contrafação nos setores mais vulneráveis a violações dos direitos de propriedade intelectual e que vão desde o vestuário (perdas de 342 milhões de euros), aos medicamentos (269 milhões de euros) e cosméticos (129 milhões de euros).
Os produtos tecnológicos são o quarto sector mais afetado pela contrafacção, com os smartphones falsificados a gerarem perdas de vendas de 73 milhões de euros.
Estes valores de todos os sectores traduzem-se numa perda anual de 8,2% de vendas diretas em Portugal o que "equivale a aproximadamente 1.000 milhões de euros ou 98 euros por habitante português por ano", segundo o estudo.
As imitações fraudulentas também colocam em causa o mercado do trabalho, uma vez que “os fabricantes legítimos produzem menos do que fariam na ausência de contrafacção, empregando assim menos trabalhadores”.
Se em Portugal esse número é de de um total de 16.441 empregos eliminados, na União Europeia a perda direta de postos de trabalho nesses setores ascende aos 434 mil. Já a nível de vendas, a UE perde cerca de 60 mil milhões de euros, ou seja, 7,5% das suas vendas e 116 euros por habitante.
Os dados fazem parte de “um ciclo de trabalho de investigação realizado pelo EUIPO ao longo dos últimos cinco anos, tendo sido publicados num único relatório pela primeira vez", adianta o Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia.
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