De acordo com dados hoje revelados pela IDC no primeiro trimestre do ano foram vendidos 899 mil telemóveis em Portugal, destes 397 mil unidades eram smartphones, aumentando o peso do segmento para 44% das vendas contabilizadas.



Nos telemóveis, de forma global, o número representa um recuo de 9%, no segmento específico dos smartphones, o número de unidades vendidas traduz um crescimento de 29%, revelam os dados do IDC European Mobile Phone Tracker.



Os dados da consultora revelam que a adoção de smartphones em Portugal está a entrar numa segunda fase. Num primeiro momento este tipo de dispositivo era sobretudo adotado por quem tinha necessidades de acesso a um conjunto de funcionalidades avançadas, hoje a procura já se estendeu a utilizadores que não precisam desse universo de funcionalidades. Isto também significa menos receita para os operadores com este novo grupo de utilizadores, que vai preferir o Wi-Fi a um plano de dados, para usar serviços que exijam ligação à Internet.



"Mesmo sem terem as necessidades que justifiquem a compra de um smartphone, estes novos clientes vão optar por um smartphone devido a vários fatores, nota Francisco Jerónimo, diretor europeu de research da área de telefones móveis da IDC.

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Neste leque, destaque para a vasta oferta de terminais, as campanhas de desconto dos operadores, a crescente adoção no círculo de amigos de cada utilizador, a popularidade das aplicações e a constante descida do preço médio dos terminais.



Em Portugal esta questão do preço revela-se especialmente importante, com 35% dos smartphones vendidos no trimestre a posicionarem-se numa gama de preço abaixo dos 130 euros - na Europa esta fatia de equipamentos corresponde apenas a 17% das vendas.



Ainda assim, Portugal continua longe da média europeia em matéria de adoção de smartphones. No resto da região a representatividade dos telemóveis inteligentes nas vendas de equipamentos móveis é de 72%.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico