Quem diria que os problemas de segurança em dispositivos móveis pudessem tornar-se assunto de política nacional. Pelo menos para o senador norte-americano Al Franken a margem de manobra para com os fabricantes deve ser mínima: escreveu uma carta à Samsung onde pede à empresa que avance com algumas medidas para corrigir as falhas de segurança do sensor de impressões digitais do telemóvel.



Numa carta de quatro páginas endereçada aos diretores executivos da Samsung global e da Samsung América do Norte, o senador diz estar preocupado pelo facto do sistema de reconhecimento de impressões digitais não ser tão seguro quanto parece. “E essas falhas de segurança podem criar problemas de segurança ainda mais abrangentes no smartphone Galaxy S5”, pode ler-se.



Al Franken chama a atenção para o facto de as impressões digitais serem públicas e permanentes, enquanto as palavras-chave tradicionais são secretas e dinâmicas, como salienta o CNet.



O mesmo político já tinha enviado uma carta de reclamação à Apple por causa da falha de segurança no leitor de impressões digitais do iPhone 5s. Mas no documento mais recente explica porque é que considera o Galaxy S5 ainda mais inseguro: permite um número ilimitado de tentativas de reconhecimento do dedo sem pedir uma verificação por password; e fala no facto de o leitor de impressões digitais estar mais integrado no sistema operativo e suas aplicações, o que permite por exemplo o acesso à conta PayPal da pessoa.



O senador coloca depois 13 questões aos CEO da Samsung tocando em pontos como o tratamento de dados que a tecnológica sul-coreana faz e que se pretende implementar o leitor de impressões digitais também em tablets.



Tanto a queixa à Samsung como à Apple foram motivadas pelas notícias que surgiram e que provavam como se podia enganar o leitor de impressões digitais nos dois smartphones.



Nota de redação: foram corrigidas gralhas no texto por indicação dos leitores


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico