O projeto está em desenvolvimento desde janeiro de 2015 mas chegou este mês ao Kickstarter, onde conseguiu atingir os 500 mil dólares em apenas 38 horas, garantindo que os financiadores tenham acesso a uma bateria mais potente, que dura entre 8 a 10 horas.

A ideia da equipa que suporta o Superbook é simples: usar o processamento do smartphone para "alimentar" um laptop, com ecrã de 11,6 polegadas, teclado integral e bateria extra. Onde já "ouviu" falar nisso? Em vários sítios.

Do Padfone da Asus ao Motorola Atrix, há várias tentativas, mas nenhuma bem sucedida. O novo Elite X3 da HP, com Windows 10, é o conceito que tem entusiasmado muitos utilizadores, potenciado pelo Windows Continuum, mas o Superbook pode trazer novas esperanças para os entusiastas do Android neste campo. 

A proposta passa por produzir uma "concha" de portátil ao qual se liga o smartphone, como se fosse um simples acessório. A sincronização é garantida, para as principais aplicações, e os Chromebooks já mostraram que o conceito faz sentido e é prático.

 

A app que potencia esta utilização é a Andromium OS, ainda em versão beta, que pode ser descarregada para qualquer smartphone com Android 5.0 ou superior através da porta USB, permitindo que depois de ligado ao Superbook suporte todo o processamento. A primeira "aventura" da equipa foi financiar uma doca para este mesmo efeito, mas acabaram por abandonar a ideia devido a algumas limitações. 

Para concretizar o conceito há alguns mínimos a atingir: o smartphone deve ter um processador dual core, 1,5 GB de RAM ou mais, 25 MB de espaço livre (no mínimo mas recomenda-se mais de 100 MB) e uma porta USB tipo C ou micro B. Falta ainda provar no mundo real a funcionalidade do modelo, mas pelo menos as imagens e videos mostram um funcionamento bastante aceitável para diversas aplicações.

O certo é que a adesão está a ser positiva e que os que se associarem ao projeto podem ter acesso ao Superbook por um valor a partir de 99 dólares, a partir de fevereiro de 2017.