Ainda antes de acabar 2020 a Xiaomi apresentou um novo modelo topo de gama, o sucessor do Mi 10. O Mi 11 é o primeiro smartphone do mundo a ser equipado com o novo processador Snapdragon 888 e chegou ao mercado chinês no primeiro dia de 2021, a um preço inferior a 650 dólares. O equipamento já se destacou como um dos mais rápidos do mercado chinês, apenas atrás do novo Vivo iQOO 7, que também se destaca pelo uso do novo chip da Qualcomm. Ainda assim, durante a apresentação, foi referido que o smartphone está com 745 mil pontos no AnTuTu, o que significa que com as novas otimizações poderá haver mudanças na tabela de fevereiro.

Na sua apresentação, o presidente da Xiaomi Shou Zi Chew salientou o terceiro lugar da marca no mercado global, sendo o que mais cresceu entre o Top 5. Destaca ainda que a marca está em primeiro lugar em 10 mercados globais. A empresa salienta que o seu segredo é o lançamento de produtos topo de gama a preços “honestos”, em todos os segmentos. Deu o destaque da geração anterior o Mi 10, com todas as funcionalidades típicas de um flagship, mas a um preço muito competitivo.

O laboratório da marca para as câmaras está atualmente totalmente autónomo, e os milhares de testes que demoravam três dias a realizar, são feitos agora num único dia, destaca o executivo. O seu laboratório de áudio é o lugar que chama de "o lugar mais silencioso do mundo", utilizado para testar os seus equipamentos. Salienta a capacidade do seu laboratório 5G, que tem trabalhado para melhorar as antenas, naquilo que refere como "saído diretamente de um filme de ficção científica". Também no que diz respeito à inovação dos ecrãs, o seu laboratório consegue simular todas as condições de iluminação nos testes.

“O Mi 11 foi feito para estar no centro dos palcos”, refere Shou Zi Chew, um modelo que se pretende afirmar entre os melhores equipamentos para filmar e captar fotografias. O novo Xiaomi Mi 11 apresenta um conjunto de 3 câmaras, salientando-se o sensor principal de 108 MP (com OIS), acompanhado de uma ultra grande angular de 13 MP f/2.4P e uma lente macro para telefoto de 5 MP. Será possível gravar vídeo a 8K, assim como captar imagens noturnas ou em baixas condições de iluminação com o modo Night Video. Já a câmara de selfie é de 20 MP, utilizando um sistema de punch hole no ecrã do smartphone. A marca refere que o conjunto de câmaras permite aos utilizadores filmarem tal como um diretor de cinema.

O sistema Magic Zoom, permite criar diferentes efeitos especiais com um simples toque no ecrã, dando o exemplo de Time lapses ou câmara lenta, entre outros efeitos, que normalmente se conseguem obter em pós-produção. O seu software apresenta 8 filtros de vídeo utilizados no cinema, criados em parceria com um estúdio de Hollywood. A Xiaomi vai mesmo criar o Xiaomi Film Festival que desafia os cinéfilos a criar filmes usando o novo smartphone da marca.

O novo smartphone aposta no modo Ultra Night Video, uma tecnologia capaz de registar imagens em ambientes noturnos ou menos iluminados. No exemplo dado, em gravação em condições quase nulas de luz, o Mi 11 consegue gravar imagens de qualidade. Até aqui, os smartphones apresentavam o modo Night Mode em apenas um sensor. No Mi 11, as três lentes estão equipadas com a tecnologia Night Mode. As gravações são registadas em HDR10+, sendo capaz de registar todos os detalhes de, por exemplo, uma Time Lapse.

O Mi 11 tem um ecrã OLED WQHD+ de 6,81 polegadas, com uma resolução de 3.200x1.440, com uma taxa de refrescamento adaptativa de 120 Hz e uma resposta háptica de 480Hz, prometendo uma deteção dos toques muito apurados. Ainda no que diz respeito ao ecrã, o equipamento tem uma iluminação de 1.500 nits e está protegido por Gorilla Glass Victus, que aumenta a proteção em quedas até dois metros e duplica a resistência aos incómodos riscos. O ecrã suporta também a leitura de imagens de 10 bits, levando-o a vencer prémios na categoria dos displays. O equipamento inclui na caixa uma capa protetora antibacteriana.

Relativamente ao som, a Xiaomi fez uma parceria com a Harman Kardon para criar um sistema de duas colunas, para um ambiente cinematográfico. E como novidade, o smartphone pode ser configurado com dois headsets, para que duas pessoas partilhem um filme, por exemplo. Ou então, é possível emparelhar duas colunas externas, colocar uma em cada lado de uma divisão e experienciar o seu áudio surround.

Indo de encontro a soluções oferecidas pela Huawei e Asus, a Xiaomi apresentou o MIUI 12.5, que permite a comunicação entre diferentes equipamentos com Android e Windows. Poderá assim integrar o smartphone na produtividade, permitindo abrir aplicações mobile ou receber notificações diretamente no computador. Através do PC poderá também gerir os ficheiros do smartphone. O novo UI promete ainda ser mais poupado no uso de energia, reduzindo o uso do processador entre as aplicações. A novo sistema operativo chega, numa primeira vaga, no segundo trimestre do ano, aos primeiros equipamentos que incluem os modelos Mi 10 e Mi 11.

O novo smartphone da Xiaomi  utiliza Bluetooth 5.2 nas comunicações sem fio, assim como Wi-fi 6E, NFC e infravermelhos. O sistema de autenticação biométrica de impressões digitais, colocada debaixo do ecrã, tem ainda a capacidade de medir o ritmo cardíaco dos utilizadores. Basta os utilizadores manterem o dedo premido no ecrã para ser medida a pulsação.

Para alimentar o smartphone, a Xiaomi introduziu uma bateria de 4,600 mAh, suportada pelo sistema Mi Charge Turbo System, prometendo carregar totalmente em 45 minutos graças ao sistema de 55W via cabo. Também suporta carregamento sem fios, num sistema de 50W, demorando um pouco mais, 53 minutos até ter a sua carga completa. E caso necessite de carregar outros equipamentos ou acessórios, também pode utilizar o sistema de carregamento inverso, neste caso mais lento, a 10W. A marca afirma que não inclui carregador na caixa, nomeadamente o cabo, porque oferece o adaptador de eletricidade de 55W GanN.

O equipamento tem diferentes configurações de memória: 8/128 GB de RAM e armazenamento interno, 128/256 GB e 12/256 GB. Todas as memórias RAM são LPDDR5. O fabricante aposta ainda num novo sistema de refrigeração baseado em “vapor chamber”, como temos visto em modelos sobretudo ligados ao gaming.

Relativamente aos preços, o novo Xiaomi Mi 11 começa nos 749 euros (8/128 GB) e 799 euros para a versão 8/256 GB, com lançamento previsto para o final de fevereiro. Há ainda um plano de garantia de dois anos para o smartphone e uma reparação gratuita do ecrã no primeiro ano. Por fim, a Xiaomi revelou uma Special Edition, que será apresentado em breve.

Para acabar a apresentação, a Xiaomi apresentou ainda a sua nova televisão QLED, a Mi TV Q1 de 75 polegadas, um equipamento com imagem 4K, 120 Hz com tecnologia MEMC e HDR10+, assim como suporte a Dolby Vision. Trata-se de uma televisão preparada para a nova geração de consolas, com Chromecast incorporado e assistido por Android TV. A televisão vai chegar a alguns países em março, a começar nos 1.299 euros. Mas os primeiros compradores vão poder comprar, por um número limitado, por 999 euros.

A Xiaomi estabeleceu ainda uma parceria com a Mercedes para a criação de uma trotinete com uma autonomia de 45 quilómetros e uma velocidade de 25 km/h, por um preço de 799 euros, com lançamento em breve.

Nota de redação: Artigo atualizado com mais informações. Última atualização 13h15.