Com o lançamento do iPhone 16, 2025 deveria ser o ano da inteligência artificial para a Apple, mas está longe de se concretizar. O sistema operativo iOS 18 tem vindo a adicionar, a conta-gotas, as funcionalidades de IA generativa, tecnologia que ainda não chegou à Europa devido às questões legislativas da União Europeia, esperando-se que seja lançado em abril.

Com atualizações previstas ao longo de 2025, os planos da Apple passavam por criar uma versão mais personalizada do Siri. Mas a empresa da maçã diz que teve de adiar para 2026, uma vez que a tecnologia está a demorar mais tempo do que esperava a ser desenvolvida, avança a Reuters.

Esta versão do assistente Siri personalizado, segundo a Apple, confere mais conhecimento do contexto pessoal do utilizador, assim como a capacidade de tomar ações entre as aplicações do iPhone. Tornar o Siri mais inteligente e pessoal tem sido uma das ideias iniciais da empresa para o ecossistema Apple Intelligence que está a criar na mais recente versão do sistema operativo iOS.

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As funcionalidades de IA adicionam a capacidade de ajuda na escrita de emails e resumos das notificações. No iOS 18.3 foi introduzida a funcionalidade Visual Intelligence, uma espécie de Google Lens que reconhece objetos com a câmara. Basta apontar para reconhecer objetos e locais e utiliza o Google Search ou ChatGPT para gerir as pesquisas.

Através do Visual Intelligence pode adicionar um evento à aplicação do calendário. Por exemplo, pode apontar a câmara a um poster de um evento ou um panfleto, que os dados são arrumados automaticamente na agenda do smartphone. A IA reconhece também plantas e animais que podem ser identificados.

Os planos da Apple é que o assistente Siri tenha a capacidade de entrar e sair das aplicações e executar tarefas pelo utilizador, através de informação que esteja guardada nos equipamentos do seu ecossistema. Exemplos disso é pedir ao assistente para carregar o podcast que foi recomendado por um amigo durante uma conversa ou informações do voo baseados em dados registados no iPhone.

Segundo a Reuters, a Apple está a construir uma infraestrutura de computação na cloud, baseada nos seus próprios chips, com o objetivo de manter toda a privacidade durante a utilização da IA. Atualmente, o assistente Siri soma cerca de 1,5 mil milhões de pedidos por dia.